Numa pergunta enviada pelo partido via parlamento ao Ministério da educação hoje divulgada, os Verdes questionam quantas instalações de antigas escolas públicas foram desativadas nos últimos vinte anos, qual o uso que lhes está a ser dado e quantas se encontram ao abandono.
O PEV quer ainda saber se os edifícios e respetivos terrenos continuam a ser propriedade do Ministério da Educação ou se foram cedidos às autarquias e qual o uso que o Ministério da Educação prevê dar às antigas instalações das escolas desativadas.
"Que medidas o Governo irá tomar para reduzir o risco e insegurança das populações limítrofes face ao estado de abandono e degradação destes equipamentos abandonados?", questionam os ecologistas, numa pergunta assinada pela deputada Mariana Silva.
O partido aponta como exemplo equipamentos no distrito de Aveiro como a antiga Escola Básica 2,3 Fernando Pessoa, em Santa Maria da Feira, encerrada em 2014, e as Escolas Básica 2,3 e Secundária da Anadia, desativadas em 2015, para dizer que "no país são várias as instalações de antigas escolas que há vários anos estão votadas ao mais completo abandono, depois da construção de novos estabelecimentos de ensino".
"Estes equipamentos que se encontram em acentuado estado de degradação, para além dos impactos visuais e paisagísticos, têm-se tornado espaços inseguros e de delinquência suscetíveis de sofrerem amiúde atos de vandalismo", considera o partido.
Por outro lado, alertam, "as instalações abandonadas são igualmente um fator de risco, em particular para as populações limítrofes, devido ao crescimento de vegetação espontânea, à deposição de resíduos sólidos urbanos e à proliferação de pequenos animais como ratos, suscetíveis de transmitir doenças".
"Os Verdes" salientam ainda que estes equipamentos, construídos nas décadas 70 e 80 do século passado, foram feitos com "materiais contendo amianto, em particular na sua cobertura".
"Com a acelerada degradação das instalações, as partículas de amianto acabam por ser transportadas para as áreas vizinhas, aumentando o risco para as populações, uma vez que o amianto é considerado uma substância cancerígena", apontam, justificando a lista de perguntas dirigidas ao Governo sobre esta matéria.