CHULN instala tendas da Cruz Vermelha junto à urgência do Santa Maria

O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) instalou três tendas cedidas pela Cruz Vermelha Portuguesa junto ao serviço de urgência do Hospital de Santa Maria para isolar casos suspeitos de infeção pelo Covid-19, foi anunciado.

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Lusa
08/03/2020 12:53 ‧ 08/03/2020 por Lusa

País

Coronavírus

 

De acordo com um comunicado enviado à agência Lusa pelo CHULN, este espaço "estará pronto a entrar em funcionamento no início desta semana e terá capacidade para até um máximo de 12 pessoas".

O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte esclarece, no entanto, que as pessoas suspeitas de contágio pelo novo coronavírus "não ficarão internadas nestas tendas" e que as tendas não vão servir como "um hospital de campanha".

"Destina-se a casos que, ao contrário do que recomendam as autoridades de saúde, se dirijam à urgência e sejam triados como potencialmente suspeitos para o novo coronavírus, necessitando de isolamento", prossegue a nota.

As pessoas com indícios de infeção pelo Covid-19 vão permanecer "no local agora criado" enquanto "aguardam os resultados das análises laboratoriais".

O CHULN adianta também que, "em caso de necessidade de internamento", os doentes vão ser encaminhados para "a unidade de referência na região de Lisboa, atualmente o Hospital Curry Cabral".

O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte está "em condições de ser acionado assim que as autoridades de saúde o entendam".

Contudo, a solução "é transitória", uma vez que esta unidade hospitalar está a construir uma "estrutura prefabricada noutra área próxima da urgência".

O comunicado dá ainda conta de que, no início da próxima semana, vão entrar em funcionamento "quatro quartos de pressão negativa" no Hospital Pulido Valente, que vão permitir "transferir doentes atualmente internados" no Hospital de Santa Maria "com outras doenças respiratórias", de modo a "reforçar a capacidade de resposta regional" ao surto de Covid-19.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou cerca de 3.600 mortos entre mais de 105 mil pessoas infetadas numa centena de países e territórios.

Das pessoas infetadas, cerca de 60 mil recuperaram.

Em Portugal, estão confirmados 21 casos de infeção e o Governo anunciou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte.

Foram também encerrados temporariamente alguns estabelecimentos de ensino secundário e universitário.

No sábado, a ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu que o risco da epidemia em Portugal poderá ser reavaliado nas próximas horas, e levar à adoção de novas medidas excecionais.

 

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