"A partir de agora, as equipas municipais do programa 'Lamego Ajuda' garantem a entrega ao domicílio de géneros alimentares de primeira necessidade e medicação. A juntar a isto, também passa a ser assegurado apoio psicológico através de atendimento telefónico especializado que orientará os munícipes e fará o despiste das suas principais necessidades", informa a autarquia.
No comunicado de imprensa, o presidente da Câmara de Lamego justifica que este "programa especial de auxílio e proteção às pessoas mais vulneráveis do concelho, em particular a população idosa", se deve à ameaça à saúde pública associada ao novo coronavírus e, por isso, "não substitui o trabalho efetuado por outras equipas multidisciplinares a operar neste território, nem o apoio social concedido regularmente pelas IPSS [Instituições Particulares de Solidariedade Social]".
"Este reforço do apoio psicossocial em cenário de crise também abrange as pessoas em situação de isolamento social e sem retaguarda familiar, nomeadamente com patologias cardiovasculares, diabetes, doenças respiratórias crónicas, hipertensão, oncológicas e outras situações de emergência", lê-se.
O principal objetivo "é restabelecer o equilíbrio emocional da população, identificar as suas principais necessidades e avançar com a sua resolução o mais breve possível".
Os cidadãos que necessitem deste apoio devem contactar a autarquia por telefone ou por 'email' e dar os seus dados de identificação. A linha de atendimento, 254 095 000, funcionará de segunda-feira a domingo, entre as 09:00 e as 12:00 e as 14:00 e as 16:00.
O documento adianta ainda que o presidente do município, Ângelo Moura, em articulação com a diretora do ACES [Agrupamento de Centros de Saúde] Douro Sul e o conselho de administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, "manifestou a disponibilidade para prestar toda a colaboração, nomeadamente no que diz respeito ao apoio residencial a todos os profissionais de saúde".
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro de 2019, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.
Dos casos confirmados, 242 estão a recuperar em casa e 206 estão internados, 17 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
O boletim divulgado pela DGS assinala 4.030 casos suspeitos até hoje, dos quais 323 aguardavam resultado laboratorial.
Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.