"Vivemos tempos de exceção onde todos temos de ser responsáveis e solidários", afirmou o deputado e candidato a líder da estrutura regional do PS Paulo Cafôfo, adiantando que transmitiu o apelo a Marcelo Rebelo de Sousa por telefone.
"O contacto com o Presidente da República, por via telefónica, visou salientar a premência do encerramento do Aeroporto da Madeira, uma decisão que já deveria ter sido tomada aquando do pedido das regiões autónomas dos Açores e Madeira", disse, em conferência de imprensa, no Funchal.
No dia 15 de março, o presidente do Governo da Madeira, o social-democrata Miguel Albuquerque, anunciou ter exigido ao primeiro-ministro "o encerramento imediato" dos aeroportos do arquipélago -- em Santa Cruz, na ilha da Madeira, e na ilha de Porto Santo - devido à pandemia do Covid-19.
O deputado socialista indicou, no entanto, que o encerramento dos aeroportos do arquipélago deve assegurar as "especificidades da região" e a "solidariedade" com as comunidades madeirenses.
Paulo Cafôfo sublinhou que deve ser garantida a saída dos turistas que o pretendam fazer, o abastecimento normal de produtos essenciais, a deslocação dos residentes por motivos médicos inadiáveis ou outros assuntos urgentes, bem como o regresso dos madeirenses residentes no continente, estudantes ou emigrantes.
"A Madeira nunca abandonou os seus e quem a visita e isso também não acontecerá nesta situação de exceção", disse, reforçando: "O PS/Madeira tudo fará para exigir da parte do Governo da República, do Governo Regional e das instituições o cumprimento daquilo que entende ser a resposta mais adequada para proteger os madeirenses e porto-santenses - a sua saúde, os seus negócios, os seus rendimentos, as suas vidas".
O Governo Regional da Madeira anunciou hoje o primeiro caso positivo de Covid-19 no arquipélago, indicando que foi detetado na noite de segunda-feira numa cidadã holandesa que entrou no território na quinta-feira passada e se encontrava hospedada num hotel no Funchal.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.