Empresa de Mira produz batas protetoras e máscaras para o município

A Câmara de Mira encomendou à empresa DOM Mira batas laváveis e reutilizáveis e máscaras em neoprene com filtros de carbono, que serão distribuídas gratuitamente por pessoas e instituições na primeira linha do combate à Covid-19.

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Lusa
18/03/2020 10:40 ‧ 18/03/2020 por Lusa

País

Covid-19

"Estas batas e máscaras, que estão a ser desenvolvidas por uma empresa instalada na nossa Zona Industrial, a DOM Mira, serão distribuídas pelas equipas do município e juntas de freguesia, lares de terceira idade e centros de dia, CERCI, bombeiros e Centro de Saúde", disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Mira, Raul Almeida.

O autarca agradece "o esforço e empenho" da empresa situada na zona industrial de Mira há 30 anos, especializada no fabrico de botas, calçado e vestuário de pesca e, mais recentemente, planetários para as escolas.

Com 86 trabalhadores, tem como clientes mais conhecidos a Decathlon, Dunlop, Goodyear ou Le Chameau. Por causa da Covid-19 está a funcionar atualmente apenas com um terço dos trabalhadores, que irão dedicar-se nos tempos mais próximos exclusivamente a produzir a centena de máscaras e de batas encomendadas pela autarquia.

"Quero deixar um agradecimento ao proprietário da fábrica, Carlos Miranda, que tem sido incansável neste processo", refere Raul Almeida.

As batas, que protegem o corpo todo, são produzidas em pvc e poliéster, maleáveis, podendo ser lavadas para reutilização. As máscaras são também reutilizáveis após lavagem, sendo feitas em neoprene com filtros de carbono, que se têm mostrado indicados para evitar a contaminação pelo Coronavírus.

A Lusa tentou saber junto da empresa se vai procurar obter certificação para o equipamento junto das autoridades de saúde pública, mas não obteve resposta.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou na terça-feira o número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

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