Numa nota, a AILD lamentou as vítimas da pandemia e fez "um apelo a todos os portugueses, a residir no território nacional e fora do país, e a todos os lusodescendentes, para que cumpram escrupulosamente os procedimentos e recomendações das autoridades de saúde".
"Queremos ainda fazer um apelo a todos os nossos emigrantes e lusodescendentes para terem o máximo de cuidados aquando das deslocações que realizarem para Portugal, pois estas potenciam cadeias de contágio difíceis de controlar. Se possível, adiem esse momento", acrescentou a associação, destacando a necessidade de "travar a contaminação, quebrar as cadeias de contágio e evitar que o SNS [Serviço Nacional de Saúde] entre em colapso".
Caso não seja possível adiar as viagens a Portugal, é aconselhado "um período de isolamento profilático".
A AILD considera que os efeitos da pandemia também vão refletir-se na economia e que "Portugal, sem suporte económico estrutural, irá ter um enorme impacto em termos económicos, financeiros e sociais, nomeadamente no turismo, nas empresas, nas exportações, no orçamento e no poder de compra das famílias e na instabilidade social causada".
"Esta é uma luta não só pela sobrevivência da saúde, mas também da sociedade em geral e, portanto, é preciso reduzir ao máximo o tempo de duração desta batalha, que dependerá, sobretudo, da contenção para reduzir prazos, numa luta que não é apenas da responsabilidade do Estado, mas que tem de ser coletiva", sublinhou.
A associação alertou ainda que suspendeu ou adiou todas as ações e iniciativas em curso e planeadas, que irá oportunamente voltar a agendar, "mantendo ativas apenas as que não carecem do contacto presencial".
Em Portugal, há 12 mortes e 1.280 infeções confirmadas.
O número de mortos duplicou hoje em relação a sexta-feira e registaram-se mais 260 casos no mesmo período.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou na terça-feira o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.