Nos últimos dias, a Fenprof tem sido contactada por muitos professores que estão a trabalhar no estrangeiro, em especial nos países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), e que querem "voltar para junto das suas famílias".
Com os voos cancelados e as entradas no país limitadas, desde que foi decretado na semana passada o estado de emergência, os professores "têm pedido a intervenção junto das autoridades nacionais para que seja possível o seu regresso a Portugal, neste perigoso tempo de pandemia", lembra a Fenprof em comunicado enviado hoje para as redações.
Há casos de professores que trabalham em escolas portuguesas, da tutela do Governo, e outros que estão no estrangeiro a participar em projetos de cooperação.
Os primeiros pedidos de ajuda chegaram de professores da Escola Portuguesa de Dili, mas pouco depois "começaram a surgir apelos de docentes que se encontram a trabalhar em outros países".
Para a Fenprof, o Governo tem a obrigação de resolver a situação dos docentes, "devendo, de imediato, os interessados em regressar ser contactados e informados sobre procedimentos e datas de viagem".
"Neste momento, estes professores sentem-se abandonados pelas autoridades do seu próprio país e esse é um sentimento terrível", alerta a maior federação de professores do país.
Em Portugal, há 2.060 pessoas infetadas como o novo coronavírus, que provocou 23 mortes, segundo o balanço feito segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde.
Dos infetados, 201 estão internados, 47 dos quais em unidades de cuidados intensivos.