Neste lar, localizado no centro da cidade de Vila Real, foram identificados 13 utentes e sete funcionários com covid-19.
Depois de retirados, durante a manhã, os utentes infetados, o INEM procedeu à realização de testes a todos os restantes residentes e funcionários que ainda permanecem na Instituição Particular de Solidariedade Social.
Fonte da câmara de Vila Real explicou que hoje já não haverá transporte de mais utentes e que elementos do Exército, incluindo um enfermeiro, e da Cruz Vermelha Portuguesa irão entrar no lar para substituir uma parte dos funcionários.
Dentro das instalações estão 17 colaboradores e vão sair sete.
De acordo com a fonte, estes funcionários irão ser encaminhados para as suas casas para cumprirem o isolamento profilático determinado na terça-feira pela delegada de saúde.
Na quinta-feira e em consequência dos resultados dos testes realizados hoje serão anunciadas novas medidas.
"Esperamos pelos resultados dos testes para depois verificar junto dos ministérios da Segurança Social e da Saúde para onde devemos direcionar e como direcionar estes utentes para que o lar possa ser desinfetado", afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos.
Para o autarca, a permanência dos idosos no edifício "não é uma solução porque não há funcionários e as instalações precisam de ser desinfestadas".
"Os residentes, atendendo à sua idade, às diferentes patologias de que padecem e ao facto de terem ou não coronavírus, precisam de ter um atendimento capaz de responder a todas estas questões", frisou.
Depois de ter sido detetado o primeiro idoso com covid-19, no domingo, foram testados 15 utentes, dando 13 positivos, e oito profissionais, dando sete positivos.
Na terça-feira à noite foi anunciada a evacuação do lar e durante a manhã de hoje foram transferidos 11 utentes com covid-19 para o hospital militar do Porto. Os restantes dois idosos já estavam internados no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD).
A informação inicialmente avançada apontava para a transferência dos restantes utentes para o hospital militar improvisado no quartel de Braga mas, entretanto, foi decidido avançar com a realização de testes a todos os idosos e funcionários.
Precisamente por causa da cadeia de contacto identificada no Lar da Nossa Senhora das Dores, o município acionou terça-feira o plano de emergência municipal.
A autarquia explicou que esta ativação decorre essencialmente da "necessidade de aprofundar a articulação entre as várias entidades com um papel na pandemia de covid-19 e de centralizar a informação sobre todas as questões relacionadas com o combate".
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00h00 de quinta-feira e até às 23h59 de 2 de abril e esta quarta-feira registava 43 mortes e 2.995 infeções associadas à covid-19, segundo a Direção-Geral da Saúde.