Presidente garante celebração do 10 de Junho em Lisboa mas "com cuidados"

Marcelo Rebelo de Sousa justifica a decisão de cancelar as celebrações na Madeira e na África do Sul com os riscos que acarretaria uma "aglomeração" de pessoas. Mas o deixou uma garantia

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Notícias Ao Minuto
26/03/2020 13:35 ‧ 26/03/2020 por Notícias Ao Minuto

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Covid-19

O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa assegurou, esta quinta-feira, em conferência de imprensa, que mantém os planos de "celebração do 10 de junho" em Lisboa, confirmando que as cerimónias previstas para a Madeira e África do Sul foram canceladas.

O Presidente da República sublinhou que "Portugal continua por muito tempo e indefinidamente", pelo que "haverá Dia de Portugal" e a respetiva celebração, ainda que "com os cuidados impostos" pela pandemia de Covid-19.

"Não haverá é celebração prevista na Madeira e na África do Sul, por uma razão muito simples. A decisão tinha que ser tomada agora porque a organização tinha que arrancar e implicaria a movimentação de centenas de militares e centenas de civis do continente para a Madeira, e a presença de milhares de compatriotas madeirense", começou por dizer.

"Depois, na África do Sul, implicaria um conjunto de deslocações num país que está a viver um regime muito restritivo até quase ao final de abril. Pareceu prudente fazer o que tem sido feito por todos os países em situações de aglomerações. Portanto, haverá a celebração do 10 de Junho em Lisboa, mas com os cuidados impostos pelas circunstâncias, e espero que possa haver o 10 de Junho na Madeira e na África do Sul no ano que vem", acrescentou, referindo que fará essa sugestão "ao seu sucessor" ou se for ele o próximo chefe de Estado esse é o "compromisso" desde já.

Resumindo, esclareceu Marcelo em declarações aos jornalistas no Palácio de Belém. Este ano "há 10 de Junho celebrado com o bom senso próprio do fim de uma crise", o que "não é sensato é estar a esta distância a pôr em marcha uma organização que a todos os títulos não joga com o processo que estamos a viver" de uma pandemia mundial, reforçou.

Em 2016, ano em que tomou posse como Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa lançou um modelo inédito, acertado com o primeiro-ministro, António Costa, em que as celebrações do Dia de Portugal começam em território nacional e se estendem a um país estrangeiro com comunidades emigrantes portuguesas.

Nesse ano, o Dia de Portugal foi celebrado entre Lisboa e Paris. Em 2017 as comemorações foram no Porto e nas cidades brasileiras do Rio de Janeiro e São Paulo, em 2018 dividiram-se entre Ponta Delgada, nos Açores, e as cidades de Boston, Providence e New Bedford, na Costa Leste dos Estados Unidos da América, e em 2019 decorreram em Portalegre e Cabo Verde. E este ano seria a vez da Madeira e África do Sul.

[Notícia atualizada às 14h00]

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