Em comunicado enviado à agência Lusa, o IPBeja refere que, "sob adesão voluntária, responsável e comunitária", colocou 200 alunos que se mantêm nas residências em "isolamento preventivo e cautelar" e reduziu as saídas às situações "inadiáveis, indispensáveis e estritamente necessárias".
Por isso, o IPBeja criou o programa "Todos em Casa", que inclui medidas para apoiar os alunos alojados nas residências e também a manutenção dos serviços de refeições sociais gratuitas para estudantes mais carenciados.
O IPB reforçou a presença de colaboradores nas residências para continuar a ser prestada assistência presencial aos alunos para "nunca" serem "deixados sós ou entregues à sua sorte".
A instituição garante o acesso e criou um sistema de entrega aos alunos nas residências de bens de primeira necessidade a preços reduzidos e para evitar que se desloquem a supermercados, expondo-se "a riscos".
Em antecipação de um eventual cenário de proibição de saída das residências ou de escassez de bens, o IPBeja criou uma reserva de alimentos e bens de primeira necessidade para acautelar as necessidades básicas dos alunos alojados "durante um período mínimo de um mês".
Também "em antecipação e como medida para dissuadir acessos recorrentes, desnecessários e de risco elevado à rua", o IPBeja criou uma reserva "adequada" de medicamentos essenciais e à qual os alunos poderão aceder "em caso de necessidade ou urgência".
Para diminuir riscos de contágio, o IPBeja reforçou os serviços de limpeza e instituiu regras de acesso, permanência e uso das residências e procedimentos de segurança para isolar, proteger e apoiar os alunos residentes "ao mínimo sinal de alarme ou de risco para a saúde ou integridade física".
O IPBeja também reservou espaços livres em cada residência para serem ativados e usados como espaços de isolamento "se necessário" e caso ocorra algum caso suspeito de covid-19 e dotou as residências de meios e bens para "assegurar e reforçar" a segurança, o bem-estar e a saúde dos alunos.
A instituição assegura em veículo próprio o transporte até aeroportos dos alunos deslocados e oriundos de outros países e das regiões autónomas e que queiram regressar a casa.
Também indicou grupos de responsáveis em cada residência que estão em permanente contacto com vários colaboradores do IPBeja para "deteção rápida" e "resposta imediata" a qualquer problema, divulgação de informação útil, conselhos e sugestões para "formar e preparar consciências e adequar comportamentos".
O IPBeja informa que também está a preparar medidas que "suavizem ou anulem o efeito económico extremo da pandemia na situação financeira" dos alunos para que possam prosseguir os estudos, atuando sobre os valores a pagar pelo alojamento nas residências e "acautelando a questão do pagamento das propinas".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 22.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, registaram-se 60 mortes, mais 17 do que na véspera (+39,5%), e 3.544 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 549 novos casos em relação a quarta-feira (+18,3%).
Dos infetados, 191 estão internados, 61 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.