O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, afirmou à agência Lusa que já falou com a Direção-Geral de Saúde (DGS), Presidente da República e Ministério da Administração Interna sobre o problema das fronteiras, sensibilizando-os para o problema.
"Não podemos ter pessoas a passar fronteiras sem qualquer controle. Foi-me garantido que iriam ser tomadas medidas para todo o país ao nível das fronteiras", sublinhou.
O presidente deste município do distrito de Castelo Branco concorda e compreende que haja uma uniformização das medidas a tomar em todas as fronteiras do país.
"O que se compreende é que haja no país uma única postura. Ela [DGS] está sensível para o problema das fronteiras e está a ajustar uma forma para que se aplique uniformemente em todo o país", sustentou.
Armindo Jacinto sublinha que o concelho de Idanha-a-Nova tem uma população "muito envelhecida" e recorda "o número elevado de pessoas infetadas e de mortes" que se regista na Extremadura espanhola.
À Lusa, o autarca garantiu que mantém em vigor todas as medidas anunciadas no dia 24 de março, onde se inclui a obrigatoriedade do isolamento social e informação às autoridades de todas as pessoas de outros concelhos ou do estrangeiro que cheguem a Idanha-a-Nova.
Esta medida foi determinada pela ativação do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil, que abrange todo o território do concelho e que visa conter a propagação da covid-19.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 112.200 são considerados curados.
Em Portugal, registaram-se 76 mortes até hoje, mais 16 do que na véspera, e 4.268 infeções confirmadas, segundo o balanço feito pela Direção-Geral da Saúde.
O país encontra-se em estado de emergência até às 23:59 de 02 de abril devido à pandemia.