No final de audiências com o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses e com as bastonárias das Ordens dos Enfermeiros e dos Farmacêuticos, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas se estava preocupado com as celebrações da Páscoa, que se celebra este ano em 12 de abril.
"Estou preocupado por uma razão muito simples: há uma tradição de celebrar a Pascoa em família ampla, em família numerosa, é uma ocasião de encontro familiar", apontou.
Por isso, o chefe de Estado deixou um pedido aos portugueses: "Que este ano não haja essa celebração numerosa, em aglomeração, da família ampla que é tradicional em vários pontos do nosso país".
"Que não haja, porque isso significa mobilidade, as pessoas percorrerem muitos quilómetros e abandonarem a prática destas últimas semanas com custos imprevisíveis. Não vale a pena estragar aquilo que tem sido o esforço destas semanas pelo prazer de gozar esta Páscoa em família", apelou, pedindo "que se sacrifique" a celebração tradicional "pensando na saúde e na vida dos portugueses".
O Presidente da República alargou este apelo aos emigrantes que habitualmente vêm passar a Páscoa a Portugal, dizendo que "são sempre bem-vindos", mas pedindo que "se integrem no espírito do esforço nacional".
"Estamos todos a fazer um esforço para ficar em casa e nos contermos", afirmou, elogiando o "civismo extraordinário" dos portugueses.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.
Em Portugal, registaram-se 76 mortes, mais 16 do que na véspera (+26,7%), e 4.268 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 724 novos casos em relação a quinta-feira (+20,4%).
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.