Marcelo Rebelo de Sousa participou, esta terça-feira, na apresentação da 'situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal' para decidir sobre o eventual endurecimento de medidas no âmbito do estado de emergência.
Após uma "longa" reunião, o chefe de Estado anunciou que concluiu que “vale a pena manter as medidas de contenção” e “impõe-se manter as medidas de contenção”.
Em conferência de imprensa, Marcelo apontou ainda que esta foi "uma opinião unânima”:
"Importa manter a pressão na mola para que a mola não suba. E isso foi dito por todos e assumido como uma prioridade o nosso futuro próximo”, sustentou.
Questionado sobre a renovação por mais 15 dias do estado de emergência, o Presidente da República afirmou que na reunião ficou clara a necessidade de "dar um sinal de manutenção daquilo que foi adquirido", que "foi uma conquista dos portugueses, que não pode nem deve ser perdida".
Outra conclusão divulgada pelo chefe de Estado foi que, considerando a "evolução da curva dos casos positivos dos portugueses detetados como infetados, há uma diferença apreciável entre a primeira fase dessa infeção e a fase mais recente".
"Temos uma fixação em valores que podem vir a ser metade, claramente menos de metade em média daqueles que se verificavam na primeira fase. E podem significar uma correlação com encerramento de escolas e com medidas de contenção já adotadas. E se for assim, essa é uma boa notícia a premiar o esforço dos portugueses que assumiram como tarefa coletiva compreender essa autocontenção”, afirmou.
Questionado sobre a reabertura das escolas, Marcelo adiantou que haverá uma outra reunião também com especialistas, no próximo dia 7 de abril, para avaliar especificamente esta situação, tendo em conta que o Governo terá de tomar uma decisão dois dias depois.
Sobre se, perante estas conclusões, pode se afirmar que Portugal enfrenta um cenário menos preocupante no que diz respeito à propagação do novo vírus, o Presidente da República afirmou que "pode dizer-se que sim, sendo que preocupação está sempre presente enquanto houver processo desta natureza”.
A segunda sessão técnica realizada por videoconferência- que decorreu esta manhã na sede da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), em Lisboa - contou com a presença do Presidente da República, do primeiro-ministro, António Costa, do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, assim como líderes partidários, de confederações sindicais e patronais, especialistas de várias áreas e desta vez também os conselheiros de Estado.