Universidade de Évora sem aulas presenciais até final do ano letivo
A suspensão das aulas presenciais na Universidade de Évora (UÉ), que vigora desde 16 de março, vai prolongar-se até ao final deste ano letivo, mantendo-se o ensino à distância, devido à pandemia de covid-19.
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País Covid-19
"A Universidade de Évora suspendeu as aulas presenciais até ao final deste ano letivo, sendo substituídas por ensino à distância", revelou hoje a academia, em comunicado enviado à agência Lusa.
Segundo a UÉ, "apenas em casos excecionais, de que são exemplo as aulas de laboratório", é que "se prevê a eventual reposição presencial, no final do calendário escolar e em moldes a definir".
Numa circular divulgada hoje à academia, a reitora, Ana Costa Freitas, insistiu no apelo à comunidade académica para que "mantenha o civismo, o distanciamento social" e "a observância das medidas de contenção" da pandemia da covid-19 "amplamente divulgadas pelas autoridades de saúde".
No mesmo documento, são também estabelecidas normas adaptadas para os estudantes alojados nas residências universitárias da UÉ, nomeadamente "em relação a saídas ou situações que exigem isolamento", com o objetivo de "garantir o cumprimento das normas de proteção e segurança favoráveis à contenção e mitigação" da pandemia.
"A situação que se vive é desconhecida para todos, mas, do pouco que é conhecido, temos uma garantia, o afastamento social é importante e, para já, parece ser o único meio para evitar uma propagação acelerada do surto", salientou a reitora da Universidade de Évora.
Antes de suspender as aulas presenciais, que foram substituídas pelo ensino à distância, desde o dia 16 de março, a UÉ já tinha adotado, "precocemente", diversas medidas para contenção do novo coronavírus (SARS-CoV-2).
Como exemplo, a instituição apontou a suspensão de visitas aos edifícios da universidade e das mobilidades de estudantes, docentes e pessoal não docente.
Durante este período, também "foram diversas as medidas e as ações implementadas", umas dirigidas à comunidade académica, como "o acesso a formação em 'e-learning'" ou "a disponibilização de ferramentas de ensino à distância" e "a criação de uma linha de apoio psicológico".
A academia avançou também com iniciativas de natureza lúdica, para "ocupação de tempos livres, no sentido de partilha e minimização dos efeitos deste isolamento".
Já para a comunidade em geral, a UÉ "tem mobilizado várias ações, como a disponibilização à Administração Regional de Saúde Alentejo de equipamentos científicos essenciais para testar a covid-19 e materiais de proteção aos profissionais de saúde".
"Ao nível da investigação, a UÉ está a desenvolver um sistema que permitirá reduzir o tempo de atendimento da Linha SNS24", baseado na inteligência artificial, acrescentou.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS), registaram-se 209 mortes, mais 22 do que na quarta-feira (+11,8%), e 9.034 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 783 em relação à véspera (+9,5%).
No Alentejo, segundo a DGS, há 59 casos de infeção confirmados e ainda não se registou qualquer morte por covid-19.
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