Covid-19: Fenprof doa dez mil euros para material de saúde

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) vai doar 10 mil euros ao Instituto Ricardo Jorge e associar-se à divulgação das campanhas de solidariedade em curso, no âmbito do combate à pandemia de covid-19.

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Lusa
03/04/2020 18:15 ‧ 03/04/2020 por Lusa

País

Educação

A maior organização sindical de professores anunciou hoje, em comunicado, que decidiu contribuir para "a aquisição de material necessário aos serviços públicos de saúde", que "tão boa resposta têm dado" num momento difícil da vida dos portugueses.

No documento, a Fenprof reitera a solidariedade e o orgulho já manifestado no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e nos seus profissionais.

"A Fenprof estende o seu apreço a todos os trabalhadores de serviços essenciais para a superação do grave problema de saúde pública que se vive (bombeiros, forças de segurança, trabalhadores do comércio, de produção de bens essenciais, trabalhadores que continuam a recolher o lixo todos os dias, entre outros) e afirma que a valorização do trabalho e dos trabalhadores não pode ser uma atitude meramente conjuntural em resultado da situação pandémica que Portugal enfrenta", lê-se no documento emitido pela organização, após reunir o secretariado nacional.

A estrutura sindical lembrou também, de forma solidária, todos os trabalhadores que perderam o emprego ou viram os contratos de trabalho suspensos, devido à atual crise provocada pelas medidas de isolamento destinadas a combater a propagação do novo coronavírus.

Juntamente com esta posição, a federação reitera os alertas já expressos sobre o ano letivo em curso, de forma digital, alertando mais uma vez que nem todos os alunos e professores têm os meios técnicos adequados ao seu dispor para a prossecução das atividades letivas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 54.000 morreram.

Dos casos de infeção, cerca de 200.000 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com cerca de 560.000 infetados e perto de 39.000 mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos. Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais: 13.915 óbitos, em 115.242 casos confirmados até quinta-feira.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 246 mortes, mais 37 do que na véspera (+17,7%), e 9.886 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 852 em relação a quinta-feira (+9,4%).

Dos infetados, 1.058 estão internados, 245 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de março, mantém-se em estado de emergência desde as 00h00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.

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