Técnicos do INEM recusaram-se a prestar assistência por falta de proteção
Entre domingo e segunda-feira, os técnicos de pelo menos quatro ambulâncias do INEM, de Lisboa e Setúbal, recusaram-se a sair em serviço por falta de material de proteção individual. O INEM explica que a falta de material se deve a indisponibilidade no mercado.
© Global Imagens
País Covid-19
Há técnicos de emergência pré-hospitalar do INEM que já se recusaram a sair em serviço por falta de equipamento de proteção individual (EPI) durante a pandemia de Covid-19. O INEM defende que o material em falta se deve à "indisponibilidade do produto no mercado".
Apurou o Notícias ao Minuto que, entre a madrugada de domingo e a manhã de segunda-feira, técnicos do INEM de quatro ambulâncias, de Lisboa e de Setúbal, se recusaram a sair em serviço, nas ambulâncias, devido à falta de EPI.
O INEM não confirma a situação, limitando-se a assumir que, de momento, não estão disponíveis "batas impermeáveis devido à indisponibilidade deste produto no mercado. Esta indisponibilidade fez com que o INEM tivesse de identificar outras formas de garantir a segurança dos seus profissionais, tendo implementado uma solução de recurso, temporária, e que consistiu na distribuição de um avental impermeável que deve ser usado por cima da bata".
Para contornar esta situação, sabe ainda o Notícias ao Minuto, ainda na segunda-feira, foram distribuídos impermeáveis doados à instituição, mas cuja qualidade, de acordo com o 'feedback' de alguns técnicos, não satisfaz as necessidades. O INEM indica, a este respeito, que "recebeu via doação e via Reserva Estratégica de EPI fatos completos impermeáveis, tendo os mesmos sido incluídos nos EPI (em substituição das batas) para reforço do equipamento disponível. Serão distribuídas pelos operacionais estas duas soluções (fato impermeável e avental impermeável + bata) enquanto não estiverem disponíveis as batas impermeáveis que completam o kit de EPI".
Durante o combate à pandemia do novo coronavírus, a orientação técnica do INEM, a que o Notícias ao Minuto teve acesso, salvaguarda que os técnicos de emergência pré-hospitalar devem adotar medidas de segurança em todas as ocorrência. "Em função do risco de contágio para os profissionais, mas tendo em conta a obrigatória racionalização de recursos materiais em contexto de pandemia", os técnicos devem recorrer ao uso "de proteções básicas de controlo de infeção em todas as ocorrências", nomeadamente "máscara cirúrgica, proteção ocular, bata impermeável ou bata e avental descartável e luvas".
Garantiu ainda o INEM que "tudo fará para continuar a garantir a sua segurança e proteção, trabalhando em articulação com a DGS e cumprindo na íntegra todas as recomendações para prevenção da propagação do novo coronavírus".
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