Governo identificou espaços de retaguarda no Norte para responder à Covid
O secretário de Estado da Mobilidade - Ambiente e Ação Climática, Eduardo Pinheiro, responsável pela coordenação da execução do Estado de Emergência no Norte, disse hoje que o Governo identificou vários espaços de retaguarda na Área Metropolitana do Porto.
© Lusa
País Coronavírus
"Neste momento, ao nível da Comunidades Intermunicipais e ao nível da Área Metropolitana do Porto (AMP), na região Norte, já foram identificados vários locais do ponto de vista de instalações físicas", revelou, em declarações aos jornalistas no final de uma visita ao hospital de campanha montado no Pavilhão Rosa Mota, no Porto.
O governante não quis, contudo, adiantar quais ou quantos locais foram já identificados, salientando apenas que "são espaços de retaguarda" e não necessariamente hospitais de campanha como o do Porto, que começa a receber doentes na terça-feira.
"Identificados já estão, serão comunicados em pouco tempo", acrescentou.
Eduardo Pinheiro sublinha que, para além das condições físicas, para colocar a funcionar um hospital de campanha, é preciso garantir que há profissionais e uma coordenação e ter em conta as características de cada concelho, com realidades diferentes uns dos outros.
"Também não podemos estar a dispersar o nosso esforço, sobretudo para o apoio a covid-19 positivos não faz sentido estarmos a dispersar, porque não haverá técnicos suficientes para dar resposta a isso. Faz sentido tentar centralizar ao nível das regiões (...). Alguns já estão a receber algumas pessoas", afirmou.
O secretário de Estado da Mobilidade - Ambiente e Ação Climática referiu ainda que em relação aos idosos em lar estão a ser feitos testes "com o empenho" das autarquias, estando as várias universidades com capacidade laboratorial a associar-se no sentido de tornar "a resposta cada vez mais rápida" e de obter "resultados em tempo útil para agir da forma mais adequada".
"Isso tudo está a ser feito. Não vale a pena só fazer testes se não tivermos uma retaguarda. Não vale a pena ter o espaço se não tivermos as pessoas para trabalhar e coordenar. Portanto temos de assegurar isso tudo", disse.
Eduardo Pinheiro e o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, visitaram hoje o "Hospital de Campanha Porto.", instalado no Pavilhão Rosa Mota, tendo sido acompanhados pelos presidentes dos Conselhos de Administração dos dois centros hospitalares universitários da cidade e pelo presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos.
O hospital, que entra em funcionamento na terça-feira, destina-se a receber doentes infetados com covid-19, assintomáticos ou com sintomas ligeiros, mas sem possibilidade de isolamento no domicílio.
O "Hospital Porto." dispõe de 320 camas para doentes covid-19, podendo ser usadas por doentes infetados e com necessidade de cuidados médicos devido a outras patologias, e para doentes em fase de convalescença.
A Câmara do Porto, com o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) e o Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP), são responsáveis pela logística, enquanto o conselho regional da Ordem dos Médicos tem a seu cargo a gestão hospitalar desta unidade.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 114 mil mortos e infetou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 535 mortos, mais 31 do que no domingo (+6,2%), e 16.934 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 349 (+2,1%).
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