Governo pede aos portugueses confiança no Serviço Nacional de Saúde

O secretário de Estado da Saúde garantiu hoje que o Serviço Nacional de Saúde está preparado para doentes "não covid", pedindo confiança e apontando que está em preparação um "plano de recuperação" para procedimentos adiados devido à pandemia.

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Lusa
17/04/2020 14:23 ‧ 17/04/2020 por Lusa

País

Covid-19

"Não tenham medo de recorrer aos hospitais. Temos zonas perfeitamente diferenciadas covid e 'não covid' com fluxos e circuitos diferenciados. Recorram ao vosso médico de família. Recorram à Linha SNS 24 e em caso de agravamento podem recorrer ao serviço de urgência. O SNS [Serviço Nacional de Saúde] está preparado", disse António Lacerda Sales.

O governante, que falava na conferência de imprensa diária de atualização sobre a pandemia da covid-19 em Portugal, garantiu que a tutela está a "encetar planos de recuperação" com vários ramos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), depois de questionado sobre relatos de médicos que apontam que pacientes, nomeadamente com insuficiências cardíacas, têm pedido o adiamento de tratamentos.

"Temos conhecimento desse medo, mas é importante que saibam que estamos preocupados também com a atividade não covid. Este foco que tivemos durante todo este tempo e que continuamos a ter na atividade covid, não nos pode deixar de fazer olhar de uma forma muito responsável para aquilo que é a atividade não covid", garantiu.

António Lacerda Sales referiu que os planos de recuperação estão a ser articulados ao nível das administrações regionais de saúde, bem como das instituições hospitalares e junto dos diretores executivos dos ACeS [Agrupamentos de Centros de Saúde].

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.

Portugal regista hoje 657 mortos associados à covid-19, mais 28 do que na quinta-feira, e 19.022 infetados (mais 181), indica o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde.

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