"Estão no cruzeiro MSC Magnifica 24 cidadãos nacionais e duas pessoas residentes em Portugal", disse fonte do gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, em resposta à Lusa.
Centenas de passageiros de dois navios de cruzeiro desembarcaram na segunda-feira nos portos de Marselha e Barcelona, no Mediterrâneo, após semanas sem por um pé em terra devido à pandemia da covid-19, provocada por um novo coronavírus.
Em Marselha, mais de 1.700 passageiros, entre os quais 700 franceses, do navio Magnifica, onde não foi detetado qualquer caso da covid-19, começaram a desembarcar após uma volta ao mundo reduzida, indicou a empresa MSC Croisières.
Neste navio viajavam 24 portugueses e dois residentes em Portugal, que regressarão de imediato ao país, em autocarros.
"Na semana passada foi prestada informação relativa ao transporte por autocarro e foi solicitada a emissão de autorizações para os autocarros que irão transportar as 26 pessoas de Marselha até Portugal, assegurando que poderão circular por França e Espanha", respondeu a mesma fonte, quando questionada sobre se estas pessoas pediram apoio a Portugal.
"A situação dos cidadãos nacionais está a ser acompanhada através do Consulado-Geral de Portugal em Marselha e da Embaixada de Portugal em Madrid", disse o responsável, acrescentando que "os cidadãos nacionais vão seguir diretos do Porto de Marselha para Portugal".
Estes passageiros, concluiu, "já fizeram uma quarentena prolongada a bordo tendo em consideração que a última escala do navio foi a 14 de março na Tasmânia, não havendo casos de covid-19 a bordo".
Desde 15 de março, as autoridades francesas autorizaram a acostagem no porto de Marselha de seis navios de cruzeiro, "permitindo o repatriamento de mais de 2.200 passageiros europeus", indicou na sexta-feira a prefeitura de Bouches-du-Rhône.
No entanto, recusaram autorização ao navio Costa Deliziosa da companhia Costa para fazer uma escala não prevista em Marselha para desembarcar várias centenas de passageiros.
Desde o aparecimento do novo coronavírus na China no final de 2019, vários navios de cruzeiro tornaram-se focos da Covid-19. Considerados "bombas ao retardador", alguns foram recusados por vários portos.
Outros, não atingidos pela doença, tiveram mesmo assim de alterar itinerários devido ao encerramento de portos em vários países.
Grupos de cruzeiros como o Costa e o MSC decidiram interromper todas as partidas até ao final de maio devido à crise sanitária.