Fenprof quer aferir as dificuldades dos professores no ensino à distância

Num ano letivo "completamente atípico e estranho", em que as aulas do terceiro período letivo são ministradas à distância, a Fenprof lançou um questionário dirigido aos docentes.

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Filipa Matias Pereira
22/04/2020 07:55 ‧ 22/04/2020 por Filipa Matias Pereira

País

Covid-19

Com o terceiro período a ser realizado à distância, devido à pandemia de Covid-19, considera a Fenprof que "este ano letivo é completamente atípico e estranho". A organização sindical lança, por isso, um questionário onde pretende aferir as opiniões dos professores, que servirão de base às propostas a apresentar ao Ministério da Educação.

Considera a Fenprof, em comunicado enviado às redações, que o "encerramento de escolas era uma inevitabilidade, indispensável para travar o contágio e evitar que o número de mortes atingisse valores ainda mais trágicos, como em outros países".

Porém, este encerramento "colocou os docentes perante novas exigências, obrigando-os a desenvolver competências até agora menos necessárias e a fazer um grande esforço para garantir que todos os alunos continuem a contar com um apoio e acompanhamento". Esta é uma "situação inédita" e "muito do que está a ser feito necessitará de ser ajustado".

Com efeito, a Fenprof "continuará a intervir junto do Ministério da Educação" para apresentar propostas para melhorar as condições de trabalho dos professores. E para aferir as necessidades desta classe profissional, a Federação divulgou um "questionário no qual é solicitado aos docentes que respondam", salientando "as opiniões, preocupações e sugestões que têm sobre este trabalho desenvolvido à distância".

Dá ainda conta a organização sindical que, embora o Ministério da Educação tenha "celebrado um protocolo com a empresa Thumb Media, parceira em Portugal da YouTube, incentivando os professores a gravarem as suas aulas, pondo-as a circular", a FENPROF manifesta sérias reservas em relação a esse tipo de procedimento. Manifesta ainda preocupação quanto à "eventual utilização abusiva das gravações, no todo ou em parte, que, como já se conhece, introduzem um novo fator perturbador".

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