Migrantes ausentes de hostel em Lisboa já foram localizados e testados

O Conselho Português para os Refugiados (CPR) indicou hoje que 19 requerentes de proteção que não se encontravam num hostel em Lisboa no dia da realização de testes à Covid-19 já foram localizados.

Notícia

©

Filipa Matias Pereira com Lusa
22/04/2020 11:02 ‧ 22/04/2020 por Filipa Matias Pereira com Lusa

País

Covid-19

Foram detetados pelo Conselho Português para os Refugiados (CPR), com a ajuda do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), os 19 migrantes que se tinham ausentado de um hostel de Lisboa onde foram detetados 138 casos da doença provocada pelo novo coronavírus.

O Correio da Manhã tinha avançado, esta quarta-feira, que este grupo de migrantes não tinha feito os testes à Covid-19 depois de se ter ausentado, ao que tudo indica sem justificação, de um hostel, na rua Morais Soares, em Lisboa, no passado domingo.

Confirmou o Notícias ao Minuto junto do CPR que estes migrantes já foram localizados e alguns deles já foram inclusive testados à Covid-19, estando os restantes em vias de o fazer.

O Conselho Português para os Refugiados explica ainda que "qualquer requerente de proteção internacional tem liberdade de circulação em Portugal", não estando obrigado a permanecer sempre no mesmo município. Deve, isso sim, manter o SEF informado "acerca do seu paradeiro, nos termos da Lei do Asilo".

Para além disso, vinca o CPR, os "requerentes de proteção internacional encontram-se em situação regular em Portugal" e, de acordo com a legislação, "o apoio social e de alojamento é assegurado apenas àqueles que se encontram em situação de carência económica, podendo este apoio cessar a qualquer momento, assim que se deixe de verificar os pressupostos dessa situação".

O vereador da Proteção Civil da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Castro, adiantou no início da semana que foram transportados para a Base Aérea da Ota, em Alenquer, 169 cidadãos estrangeiros, dos quais 136 testaram positivo à presença do novo coronavírus (SARS-CoV-2), sete com resultados inconclusivos e 26 com testes negativos.

Estas pessoas, requerentes de proteção, permanecerão no local durante duas semanas.

Segundo a presidente do CPR, Mónica Farinha, os cidadãos estavam no hostel de Lisboa por causa da sobrelotação dos centros de acolhimento daquele organismo.

Há cerca de 800 pessoas à espera de que os seus requerimentos tenham resposta para serem alojadas em condições semelhantes em hostels na capital.

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas