O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHSJ) começou a realizar testes de biologia molecular para o diagnóstico da Covid-19. Estes são testes de "execução significativamente mais rápida", quando comparados com o teste clássico, e que demoram cerca de 50 minutos, aos quais acresce o tempo de colheita, transporte, processamento da amostra e validação do resultado.
Para levar a cabo este teste, indica o comunicado enviado às redações, a colheita da amostra é realizada com recurso a zaragatoa "nos mesmos moldes que para o teste clássico". A disponibilidade destes testes é, porém, "limitada, pelo que importa, neste contexto, definir prioridades para o seu uso".
Com efeito, o Centro Hospitalar previu as situações em que será utilizado o teste molecular rápido, designadamente "o doente do Serviço de Urgência (adultos, pediatria, obstetrícia/ginecologia) a necessitar de procedimento urgente em que seja clinicamente aceitável aguardar o tempo expectável de realização do teste".
São exemplos destes casos as "cirurgias com anestesia geral ou loco-regional, endoscopia digestiva, broncofibroscopia, mulher em trabalho de parto, entre outros. Nas situações em que não seja possível aguardar pelos resultados dos testes, "o procedimento será realizado com equipamento de proteção individual adequado ao risco clínico".
O teste molecular será ainda utilizado "nos doentes do Serviço de Urgência (adultos, pediatria, obstetrícia/ginecologia) com suspeita de infeção por SARS-CoV-2 e critérios de internamento, e doentes internados em que "surja a suspeita de Covid-19 que justifique realização de teste diagnóstico". O objetivo, pode ainda ler-se no comunicado, é "minimizar o tempo de isolamento de contacto e de gotícula, em ambiente onde se encontram doentes sem infeção por SARS-CoV-2".