"Ultrapassada a emergência continua a ser necessário atenção e contenção"

Presidente da República participou na entrega de alimentos aos carenciados em Belém, numa iniciativa já repetida pelas forças armadas portuguesas. Porém, acabou de falar sobre o alívio das medidas de confinamento previstas para a próxima semana.

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Sérgio Abrantes
25/04/2020 12:59 ‧ 25/04/2020 por Sérgio Abrantes

País

Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República, após participar nas comemorações do 25 de Abril na Assembleia da República, falou esta sábado aos jornalistas, em Santa Apolónia, à margem de uma distribuição de alimentos a população carenciada

Questionado sobre temas relacionados com a pandemia de Covid, nomeadamente sobre o levantamento das restrições impostas aos portugueses, Marcelo Rebelo de Sousa foi cauteloso no seu discurso, explicando que é preciso ouvir os especialistas.

"Não queria estar a comentar essa matéria, mas os portugueses são um povo muito sábio e têm noção que, por estarmos em Estado de Emergência, significa que é necessário estarmos em confinamento. Depois de ultrapassada a emergência continua a ser necessário atenção e contenção para evitar recuos", lembrou, dizendo que houve países na Ásia que houve uma perturbação do processo de abertura e "tiveram de recuar".

"É esse equilíbrio que os portugueses percebem e o Governo está obviamente a conduzir este processo para evitar avanços e recuos", afirmando, contudo "que vamos ter de ouvir os epidemologistas". 

"Temos um problema de saúde que não está ultrapassado, mas há problemas sociais e económicos. Os desafios que se colocam em termos económicos e sociais pensei que devessem fazer parte do 25 de Abril", comentou, abordando depois a polémica em torno de um possível período de austeridade pós-reabertura da economia. 

"Todos nós percebemos que o mundo vai passar um mundo difícil. Não vivemos fora do Mundo, vivemos na Europa. Se os países ricos da Europa vão passar um momento difícil, as grandes superpotências... ainda ontem vi os números de desempregados nos Estados Unidos. Este também será um problema de Portugal", explicou para terminar.

 

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