À saída de uma visita ao Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, a ministra da Saúde, Marta Temido, sublinhou o esforço que está a ser feito pelo Governo para reforçar a resposta de medicina intensiva no país.
“Queremos uma capacidade de resposta em medicina intensiva que esteja em linha com aquilo que é a média da UE. Como sabem são de cerca 11 camas por cada 100 mil habitantes. Não tínhamos, ainda não temos, estamos a investir nisso”, anunciou, acrescentado que, neste momento, Portugal tem 620 camas de cuidados intensivos de adultos tipo 3.
Além dessas camas, a governante adiantou que se somam as unidades de cuidados intensivos neonatais, pediátricos de queimados, adultos e pediátricos, e que há “ventiladores que ainda não estão instalados” que podem contribuir para aumentar o número de camas de cuidados intensivos.
Se privados e misericórdias estiverem disponíveis para regressar à atividade seria "útil"
Questionada sobre os 13 hospitais privados e das misericórdias que suspenderam os acordos de convenção com Sistema Nacional de Saúde (SNS), Marta Temido disse que, se “tiverem disponibilidade para regressar à atividade”, seria "útil para respostas mais rápidas, mais de proximidade” aos doentes.
Contudo, sublinhou a ministra da Saúde, mesmo com a suspensão dos acordos de convenção o SNS “continuou a tratar doentes”.
“Durante a fase aguda optaram por suspender a relação de tratamento de doentes enviados pelo SNS. Isso aconteceu e o SNS continuou a tratar doentes porque o SNS não suspende serviços”, atirou Marta Temido.