Igreja destaca papel da comunicação social e pede esforço pela verdade

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) destacou hoje o papel da comunicação social, durante a pandemia de covid-19, sobretudo da regional, o que exige um "redobrado esforço" de todos, pautando pela verdade e dignidade das pessoas e do bem comum.

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Lusa
05/05/2020 20:42 ‧ 05/05/2020 por Lusa

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A propósito do Dia Mundial das Comunicações Sociais, que se assinala a 24 de maio, a Conferência Episcopal sublinha que este ano a efeméride é celebrada em plena pandemia, que obriga a restrições sociais, económicas e religiosas únicas na história.

"Neste contexto que a todos surpreendeu e para o qual não estávamos preparados, exige-se um redobrado esforço dos vários intervenientes no governo do país, dos agentes sociais e económicos, dos que presidem às comunidades religiosas e dos que têm um papel fundamental na informação, pautando pela exigência da verdade, da dignidade da pessoa e do bem comum", acrescenta, numa nota enviada à agência Lusa.

A CEP adianta que "a situação atual que vive a humanidade em geral e o povo português em particular, urge a boa noticia que integre o respeito absoluto pela verdade dos factos, mas igualmente alimente a esperança no futuro melhor, alicerçado no testemunho de tantos dos nossos antepassados que nos deixaram uma história narrada de heroicidade".

"Tal como afirmámos em mensagem publicada há dois meses, nas circunstâncias atuais de pandemia, a par com tantos heróis que estão na linha da frente a salvar vidas e acompanhar os que são mais excluídos e isolados, teremos de reconhecer e louvar o serviço fundamental e imprescindível da comunicação social. Toda ela, mas de modo especial a de proximidade como seja a comunicação social regional", destaca a CEP.

A Conferência Episcopal afirma que a comunicação social tem trabalhado "com escassos meios, mas com profissionais generosos e zelosos no desejo de comunicar, de oferecer a notícia, de auscultar as necessidades das populações mais distantes e esquecidas e alertando para o dever de justiça e de partilha para com os que não têm voz nem vez na sociedade".

"Pelo seu trabalho na coesão nacional, na promoção cultural, na relação que estabelecem entre cidadãos que estão fora do seu país e como dão expressão a tradições tão importantes para a vivência comunitária, merecem o apoio que lhes é devido pelas autoridades governativas e do poder público", vinca a CEP.

"Sentimos vivamente o apelo, e fazemo-lo nosso, que se tem feito sentir sobre a carência de meios e as dificuldades económicas por que estão a passar", acrescenta.

A Conferência Episcopal argumenta que a 24 de maio as pessoas têm de pensar nas "exigências que se colocam à comunicação social em geral e da Igreja em particular" e "apela para que todos os cidadãos reflitam e sintam a sua importância na sociedade e na cultura atuais, mas de modo particular este apelo é lançado aos cristãos de forma a valorizarem com a sua atenção e contributo os meios de comunicação social da igreja".

Neste sentido, na sua mensagem para a efeméride, citado pela CEP, o Papa Francisco destaca hoje que em época de pandemia da covid-19 é preciso "sapiência para patrocinar e criar narrações belas, verdadeiras e boas" e "coragem para rejeitar as falsas e depravadas".

A nota pastoral do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais ressalva a necessidade de a humanidade precisar de "paciência e discernimento" para descobrir "histórias que ajudem a não perder o fio, no meio das inúmeras lacerações de hoje; histórias que tragam à luz a verdade daquilo que somos, mesmo na heroicidade oculta do dia a dia".

Na sua mensagem, o Papa afirma que "a realidade terá de ser vista, observada e contemplada sempre pela verdade e pelo amor", pois, "só deste modo se oferece uma comunicação que está ao serviço da pessoa humana e do bem da sociedade".

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 251 mil mortos e infetou cerca de 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios. 

Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.074 pessoas das 25.702 confirmadas como infetadas, e há 1.743 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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