Perante o coletivo de juízes, o arguido, que se encontra em prisão preventiva, disse que o autor do assalto terá sido um outro arguido, que faltou à audiência de julgamento.
O homem contou que este indivíduo lhe teria proposto "fazer" o assalto, mas recusou e foi para casa, tendo vindo mais tarde a denunciá-lo às autoridades.
O arguido, que está acusado de nove crimes de furto, três dos quais na forma tentada, confessou a maior parte dos factos que lhe são imputados e justificou-os com a necessidade de conseguir dinheiro para a droga.
"Tinha que arranjar dinheiro para o vício. Não aguentava as dores. Sei que errei. Estou arrependido", disse.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o arguido praticou vários furtos, entre 2018 e 2019, em viaturas, residências e empresas do concelho de Albergaria-a-Velha, incluindo um jardim-de-infância, tendo subtraído metais não preciosos ou outros objetos que pudessem ter valor para posteriormente vender.
O único caso em que terá atuado com um cúmplice foi no assalto à Câmara de Albergaria, na madrugada do dia 12 de julho de 2019.
De acordo com a investigação, o arguido conseguiu partir o vidro de uma janela e o cúmplice entrou no edifício, enquanto o primeiro permaneceu no exterior, em alerta, tendo acabado por se ausentar para parte incerta.
O MP refere que o indivíduo que entrou na Câmara furtou um computador e só não conseguiu levar o cofre por ser demasiado pesado.