"Portugueses foram exemplares, agora temos de passar a outra fase"

O primeiro-ministro voltou a sublinhar o comportamento "exemplar" dos portugueses na contenção da expansão da pandemia, vincando que agora a mensagem "é de confiança" no comércio local, nos transportes públicos, nos serviços.

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Ana Lemos
08/05/2020 14:08 ‧ 08/05/2020 por Ana Lemos

País

António Costa

Depois de uma visita ao Centro de Engenharia e Desenvolvimento (CEIIA), em Matosinhos, de uma viagem de metro entre a estação Câmara Municipal Gaia e a estação da Trindade, no Porto, o primeiro-ministro António Costa, interrompeu a visita ao comércio local, no centro da cidade do Porto, para passar uma mensagem "de confiança" aos portugueses.

"É importante que todos vamos vencendo o receio legítimo que temos relativamente à situação que se vive" devido à pandemia, afirmou Costa, garantindo que os portugueses "podem viajar em segurança nos transportes públicos e podem ir com segurança ao comércio local".

O chefe do Governo reforçou a importância de ser passada esta "mensagem de confiança às pessoas, a quem trabalha nos transportes ou nas lojas".

"Temos que confiar na nossa capacidade coletiva de enfrentar esta pandemia e esta crise económica. Os portugueses foram exemplares a conter a expansão da Covid-19, agora temos de passar a uma outra fase - sem deixar descontrolar a pandemia - que é ajudar a economica a avançar", disse, destacando a título de exemplo a "enorme capacidade" que a indústria tem mostrado "de se reinventar" e de "exportar para o mundo essa capacidade de invenção".

"A austeridade não deixou saudades a ninguém" e mostrou que "não é uma boa forma de tratar crises"E isso será feito também com austeridade? "A bolha comercial como está, com tão pouco movimento, com os comerciantes a precisarem que as pessoas possam ter meios e confiança para irem às lojas, a austeridade em cima desta crise seria só aprofundar a crise", reiterou Costa, esclarecendo os jornalistas que "não vale a pena esta obsessão, creio que a austeridade não deixou saudades a ninguém" e mostrou que "não é uma boa forma de tratar crises".

Questionado ainda sobre a nova injeção de dinheiro públicos no Novo Banco, o primeiro-ministro lembrou que já pediu "desculpas" ao Bloco de Esquerda, sustentando que, como já tinha explicado ao semanário Expresso, "não tinha sido informado que na véspera [do debate quinzenal] que o Mistério das Finanças tinha procedido a esse pagamento". Em causa está um empréstimo de 850 milhões dos contribuintes ao Fundo de Resolução, e que estava previsto desde fevereiro deste ano, e que visa compor as contas da instituição bancária.

[Notícia atualizada às 14h25]

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