"Há especificidades que têm de ser tidas em conta", disse hoje à agência Lusa o presidente daquele órgão, que congrega várias igrejas, nas quais existem especificidades no que concerne ao culto, interrompido devido às medidas decretadas para conter a pandemia de covid-19, que implicam restrições ao contacto presencial.
De acordo com Jorge Pina Cabral, as igrejas precisam de saber como deverá ser ministrada a comunhão, as regras de contacto entre as pessoas, e como proceder às leituras durante o culto.
"Estamos abertos a esse diálogo e precisamos de ter essas orientações", afirmou o bispo, sublinhando tratar-se de "um processo que leva tempo", porque é necessário definir normas.
"Ainda ninguém nos contactou, por isso estamos nesta expectativa", expressou, manifestando preocupações com a aproximação da data indicada (31 de maio).
O mesmo responsável indicou que os fiéis estão igualmente "expectantes e ansiosos" para voltarem à celebração em comunidade e "desejosos de poderem viver esta fase em segurança".
O Conselho Português de Igrejas Cristãs (Copic) representa as igrejas luterana, metodista, presbiteriana e evangélica alemã.
Portugal contabiliza 1.163 mortos associados à covid-19 em 27.913 casos confirmados de infeção, segundo o mais recente boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
O país entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência, desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.