Homicídio em Peniche. Pai de Valentina confessou crime em tribunal

Sandro Bernardo confessou que bateu na menina, mas garantiu que nunca teve intenções de matar a filha.

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Natacha Nunes Costa
14/05/2020 00:00 ‧ 14/05/2020 por Natacha Nunes Costa

País

Valentina

O pai de Valentina terá confessado o homicídio e ocultação de cadáver da filha, esta terça-feira, ao juiz do Tribunal de Leiria.

De acordo com a SIC Notícias, Sandro Bernardo contou em tribunal que desconfiava que a filha estaria a ser vítima de abusos sexuais por parte de um homem ligado à família materna e, na tentativa de descobrir a verdade, bateu na menina, de nove anos, tentando arrancar dessa forma uma confissão forçada. Valentina terá negado sempre os abusos, e o pai continuado a bater-lhe.

Apesar da sova, Sandro garantiu, perante o juiz, que não tinha intenções de matar a filha. Contudo, Valentina foi deixada durante horas no sofá, em agonia. Uma agonia presenciada pelas restantes três crianças da família - as duas filhas comuns do casal com 4 anos e 7 meses e um rapaz filho apenas da madrasta de Valentina.

O menino, de 12 anos, também foi, entretanto, ouvido em tribunal, onde contou que viu o padrasto bater na ‘irmã’ e esta no sofá sem reação. Além disso, revelou que viu a mãe e o padrasto transportar a criança, à noite, para fora de casa.

As declarações do menor foram feitas perante o juiz de instrução criminal para memória futura para, desta forma, não ser obrigado a novo interrogatório num futuro julgamento.

Ainda em frente ao juiz, o filho da madrasta da menina assassinada afirmou que foi proibido pelo casal de contar a verdade e culpou o padrasto pelas agressões, depoimento que coincide com o que os arguidos fizeram em tribunal.

Já a madrasta, Márcia Monteiro, negou ter agredido a menina e, apesar de confessar que ajudou a ocultar o cadáver, garantiu que só o fez porque foi obrigada pelo companheiro.

A investigação acredita que, de facto, o autor das agressões mortais a Valentina é o pai. O que levou o tribunal a indiciar a arguida pelo crime de homicídio qualificado, mas por omissão e sob dolo eventual.

 

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