O MobFood é um projeto de "mobilização de conhecimento científico e tecnológico que visa responder aos desafios relacionados com a promoção de uma indústria alimentar nacional mais competitiva", salienta o IPC, em comunicado enviado à agência Lusa.
Segundo o docente da Escola Superior Agrária Carlos Dias Pereira, este projeto pretende "centralizar o setor alimentar no consumidor, por meio da abordagem das áreas indispensáveis para o desenvolvimento da indústria agroalimentar e de uma gestão eficiente de recursos".
A instituição de ensino desenvolve "processos de separação por tecnologias de membranas, nomeadamente a ultrafiltração e a nanofiltração, com vista à valorização de subprodutos das indústrias da carne e do pescado".
"A aplicação destas tecnologias permitirá recuperar proteínas e aromas com aplicação na alimentação humana e animal. Por outro lado, a Escola Superior Agrária trabalha também na procura de soluções para os subprodutos hortofrutícolas", sublinha a nota.
Nesta área, a instituição integra o "PPS2 - Resíduos e Utilização Eficiente de Recursos", que envolve a ITS - Indústria transformadora de subprodutos, SEBOL - Comércio e indústria de sebo, A Poveira, Primor, Vitacress e várias entidades do sistema científico e tecnológico.
Assente em três pilares essenciais: "Segurança Alimentar e Sustentabilidade", "Alimentação para a Saúde e Bem-estar" e "Alimentos Seguros e Qualidade", o projeto MobFood procura reforçar a cooperação entre os setores empresarial e não empresarial, a fim da criação de novos Produtos, Processos ou Serviços (PPS) ou tecnologias.
No final, o projeto pretende criar ingredientes com potenciais nutricional e funcional validados para aplicação humana (alimentação, cosmética e biomédica) e animal, aromas para aplicação na alimentação humana e animal, lípidos funcionais, preparados congelados e desidratados vegetais com valores nutricionais e funcionais, produtos inovadores com base nos ingredientes anteriores para a indústria alimentar (carne, peixe e vegetais), para alimentação animal e para aplicações cosmética e médica.
De acordo com o IPC, serão também desenvolvidos diferentes processos integrados de recuperação de água e valorização de efluentes.
Promovido pelo Portuguese Agrofood Cluster - presidido pela PortugalFoods - o projeto resulta de um consórcio entre o Instituto Politécnico de Coimbra, outras entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional e diversas empresas em representação de todo o setor agroalimentar português.