Primeira quinzena da situação de calamidade "correu bem", avalia MAI
A primeira quinzena da situação de calamidade, decretado pelo Governo devido à covid-19, decorreu de forma "muito positiva", avalia a Estrutura de Monitorização da Situação de Calamidade.
© Governo - João Bica
País Covid-19
"O balanço da primeira quinzena da situação de calamidade e dos primeiros dois dias do segundo período merecem uma avaliação muito positiva", disse hoje o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, após uma reunião da Estrutura.
No balanço da última quinzena o ministro lembrou que foram feitos 83.000 testes à covid-19 em lares e 26 mil testes a trabalhadores das creches, com o número de casos positivos nestes profissionais a rondar os 0,3%.
O grupo de monitorização faz o acompanhamento da situação de calamidade e junta representantes das forças e serviços de segurança e da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, além de uma dezena de secretários de Estado, e é coordenado pelo ministro.
No final da reunião Eduardo Cabrita disse aos jornalistas que a população aderiu à regra de limite de circulação, respeito pelo distanciamento social e uso de equipamentos de proteção, o que permitiu para uma "evolução positiva dos dados da situação epidemiológica".
Numa altura em que recomeçaram (na segunda-feira) as aulas presenciais para alunos do 11.º e 12.º anos, que levou a que 200 mil pessoas regressassem à atividade (160 mil estudantes, 29 mil professores e 30 mil assistentes operacionais), o ministro lembrou também a reabertura de creches com "sentimento generalizado de segurança" e a "reabertura com confiança do setor da restauração".
Eduardo Cabrita frisou que é preciso agora "consolidar os passos dados" e disse que as forças de segurança voltaram a centrar-se na sensibilização das pessoas para as novas regras e considerou como residuais as violações dessas regras.
Especialmente tendo em conta a primeira quinzena da situação de calamidade, que terminou há dois dias (domingo), houve 61 casos de sanções por falta de máscara nos transportes públicos, 1.800 casos de chamadas de atenção em serviços públicos ou estabelecimentos comerciais e 24 detenções, tudo sinal de que os portugueses "acataram" as novas regras, nas palavras do ministro.
Eduardo Cabrita disse também que foram feitos até agora 37 voos que trouxeram material de proteção individual, especialmente da China, faltando apenas completar esta fase os mais de 500 ventiladores ainda naquele país.
No balanço o ministro lembrou também a contribuição a GNR na desinfeção de ambulâncias e lares e creches (120) e das Forças Armadas, que distribuíram equipamentos de proteção individual em 530 escolas secundárias
A Estrutura de Monitorização da Situação de Calamidade junta os secretários de Estado das áreas da Economia, dos Negócios Estrangeiros, da Presidência do Conselho de Ministros, da Defesa Nacional, da Justiça, da Administração Pública, da Educação, da Segurança Social, da Saúde, do Ambiente, das Infraestruturas e Habitação e da Agricultura.
A doença covid-19, provocada por um novo coronavírus, já fez 1.247 mortes em Portugal, num total de 29.432 pessoas confirmadas como infetadas, de acordo com o relatório de hoje da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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