Na passada segunda-feira foram retomadas as atividades letivas presenciais para os 11º e 12º anos de escolaridade. A FENPROF procurou saber como correu esta primeira semana e fez um balanço: professores cumpriram, absentismo dos alunos é da ordem dos 10% e o pessoal auxiliar é, na maior parte dos casos, adequado.
Conclui a organização sindical que os professores compareceram ao trabalho presencial, com exeção dos que estão doentes. "Em relação aos docentes que integram grupos de risco, houve escolas que optaram por mantê-los em ensino a distância", pode ler-se no comunicado enviado às redações.
No que aos trabalhadores não docentes diz respeito, "a maior parte das escolas afirma contar com um número adequado às suas necessidades". No entanto, há "extremos" assinalados pela FENPROF, nomeadamente "nas escolas que são apenas secundárias ou predominantemente secundárias surgem algumas dificuldades neste capítulo, pois a percentagem de alunos presentes, relativamente ao total, é significativa".
A situação mais complicada que foi detetada pela FENPROF diz respeito a uma instituição no barlavento algarvio. Trata-se de uma "escola secundária que apenas pode contar com oito dos seus 20 funcionários, o que é manifestamente insuficiente".
Já no que aos alunos diz respeito, "em média, as ausências andam na ordem dos 10%, apesar de haver escolas em que a presença é praticamente total e outras em que as faltas chegam a ultrapassar os 50%".
Em relação à reorganização de horários de trabalho, "verifica-se que praticamente todas as escolas tiveram de proceder a alterações para compatibilizar os seus horários de funcionamento com os determinados pelas orientações emitidas para todos os estabelecimentos".
De salientar que "houve escolas que redistribuíram serviço para evitar que houvesse docentes com aulas presenciais e, simultaneamente, por terem turmas de anos sem exame, com ensino a distância". Esta solução "na maior parte dos casos não foi adotada por se considerar que a mudança de professor da turma, neste momento final do ano letivo, seria prejudicial para os alunos".
Assinala a FENPROF que, neste contexto, "ficam ainda mais sobrecarregados os professores (e são a grande maioria dos que voltaram ao regime presencial) que, depois das aulas nas suas escolas, correm para casa, onde irão continuar a trabalhar com outros alunos" que se mantêm no ensino à distância.