António Mexia e João Manso Neto, presidentes executivos da EDP e da EDP Renováveis, pediram o afastamento do juiz Carlos Alexandre no âmbito do caso das alegadas rendas excessivas da EDP.
A informação, apurada pela SIC, dá conta que os advogados de defesa de ambos entregaram no Tribunal da Relação de Lisboa um documento que aponta "para uma concertação entre o Ministério Público e o juiz para aplicar novas medidas de coação aos dois arguidos".
É igualmente alegada a existência de documentos que apontam para o facto de o juiz Carlos Alexandre ter alegadamente pedido ao Conselho Superior da Magistratura para que os processos que estavam distribuídos ao juiz Ivo Rosa, entre os quais o da EDP, ficassem sob a sua alçada.
Com efeito, os interrogatórios aos presidentes executivos da EDP e da EDP Renováveis, que estavam agendados para os dias 2 e 3 de junho, não vão ser realizados. Deverá ser marcada uma nova data depois de o Tribunal da Relação tomar uma decisão sobre o pedido de afastamento.
O processo das rendas excessivas da EDP está há cerca de oito anos em investigação no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
O inquérito investiga os procedimentos relativos à introdução no setor elétrico nacional dos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) tendo António Mexia e João Manso Neto sido constituídos arguidos em junho de 2017 por suspeitas de corrupção ativa e participação económica em negócio.
[Notícia atualizada às 13h19]