Jardins de infância reabrem com "insegurança e ilegalidades", diz Fenprof

A estrutura sindical considera que a reabertura dos estabelecimentos de educação pré-escolar é uma decisão 'imprudente' do Governo, tendo em conta que se recusou a "testar as comunidades educativas".

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Notícias ao Minuto
01/06/2020 15:45 ‧ 01/06/2020 por Notícias ao Minuto

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Fenprof

No dia em que os jardins de infância reabrem portas, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) apontou que este regresso é "uma normalidade estranha com tonalidades de insegurança e ilegalidades".

"Trata-se de um regresso feito com muitas limitações e muita insegurança, com muitas dúvidas suscitadas pelas orientações produzidas para este nível de educação e pela imprudência do governo em recusar testar as comunidades educativas (educadoras de infância, crianças e pessoal não docente)", criticou a força sindical, num comunicado divulgado, esta segunda-feira.

Sublinhando que a testagem prévia da comunidade educativa à Covid-19 era uma "medida de precaução que se revelava da maior importância", a Fenprof reiterou estar contra a decisão do Governo, contestando, em particular, o facto de os educadores de infância - "o segundo grupo profissional mais envelhecido entre os docentes" não terem sido submetidos a um rastreio.

"Esta falta de segurança foi a que levou a que sejam muito poucos os casos em que o regresso das crianças ao regime presencial tivesse ultrapassado os 50%. Na maioria das situações a percentagem de crianças que voltaram ao jardim de infância rondará os 35% havendo até situações em que apenas 1 a 3 crianças compareceram", sustentou a estrutura sindical.

Ainda sobre o regresso das crianças aos jardins de infância, a Fenprof garantiu também que acompanhará, "ao longo desta primeira semana de atividades", as condições de regresso ao regime presencial e que "intervirá nas situações" em que se procure haja uma subercarga do horário de trabalho dos educadores que poderá decorrer de muitas das crianças continuarem em ensino à distancia por decisão dos pais. "A intervenção da Fenprof far-se-á sentir sempre que isso acrescente ao seu horário normal de trabalho", é vincado na referida nota.

Mais, para que possam ser reportadas "situações irregulares" por parte dos docentes, a Fenprof disponibilizou uma plataforma para recolha de informação online.

"A Fenprof está a estabelecer contactos a nível nacional com todos os intervenientes neste regresso aos jardins de infância. Esteve esta manhã, em todo o país, falando com pais e mães e com os educadores de infância, em diversos estabelecimentos deste nível de educação, tendo sido afixada uma faixa onde se pode ler “Respeitar a criança e os profissionais de educação de infância", é ainda acrescentado.

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