"O 10 de Junho é como eu achei que devia ser o 25 de Abril, como achei que devia ser o 1.º de Maio", disse Marcelo Rebelo de Sousa sobre a cerimónia do Dia de Portugal que contará apenas com oito presenças.
"A alternativa era ter Forças Armadas, centenas de militares a prestar honras militares, desfile e passagem de revista e centenas de personalidades, embaixadores, altas individualidades", justificou, assinalando que a escolha era uma cerimónia simbólica ou ter uma celebração que teria "500, 600 pessoas, num espaço muito pequeno".
Estas declarações foram proferidas por Marcelo à entrada do espectáculo 'Deixem o Pimba em Paz', no Campo Pequeno, em Lisboa.
Questionado sobre se haveria latente nas suas palavras uma crítica à Assembleia da República, Marcelo negou, afirmando que o "Parlamento esteve muito bem no 25 de Abril". Sobre o 1.º de Maio não teceu qualquer outro comentário.
A Presidência da República informou esta terça-feira que, além dos dois intervenientes o Presidente Marcelo e cardeal Tolentino Mendonça na sessão, haverá seis convidados, que correspondem aos primeiros cinco lugares de altas entidades públicas na lista de precedências do Protocolo do Estado.
Esta lista é encabeçada pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, seguindo-se o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, em segundo lugar, o primeiro-ministro António Costa, em terceiro, os presidentes do Supremo Tribunal de Justiça e do Tribunal Constitucional, ambos no quarto lugar, e do Supremo Tribunal Administrativo e do Tribunal de Contas, os dois no quinto lugar.
O 10 de Junho será a primeira data nacional com comemorações da responsabilidade do Presidente da República nesta fase de pandemia de Covid-19, depois do 25 de Abril, assinalado na Assembleia da República, e do Dia do Trabalhador, com organização sindical.
Na sequência da polémica em torno das celebrações do 1.º de Maio pela CGTP-IN, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que esperava "uma comemoração simbólica" e "mais restrita, mais limitada".