Foco na Azambuja está em resolução e estratégia para LVT vai mudar

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, e a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas fizeram a atualização diária de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus (Covid-19), numa altura em que as preocupações estão centradas em cinco concelhos da área de Lisboa.

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Notícias Ao Minuto com Lusa
09/06/2020 13:40 ‧ 09/06/2020 por Notícias Ao Minuto com Lusa

País

Pandemia

 

O surto de covid-19 na Azambuja está em fase de resolução, afirmaram hoje as autoridades de saúde, indicando que a estratégia para Lisboa e Vale do Tejo passou de testagem em massa para acompanhamento dos casos registados.

"O foco da Azambuja, que já teve um grande impacto e muitos casos ativos há duas, três semanas, neste momento é um foco que está em resolução", afirmou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, na conferência de imprensa diária de acompanhamento da pandemia.

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, afirmou que a estratégia de "testagem massiva" na região, centrada sobretudo em empresas de construção civil e trabalho temporário, vai mudar e passar para "seguimento de casos ativos, que estão em vigilância".

"Esta será, a partir de agora, a nossa estratégia, embora continuemos à procura de novos casos, principalmente de onde poderão vir a surgir novos surtos", afirmou Lacerda Sales.

De 14 mil testes feitos, "estão processados 12.225 com 555 positivos, o que dá uma taxa de 4,53%", indicou.

Referindo-se especificamente à Azambuja, Graça Freitas considerou que o foco de contágio "tenderá a extinguir-se" e neste momento "não está francamente ativo e a gerar novos casos, estão a sair do surto mais pessoas do que as que estão a entrar".

No surto verificado nas últimas semanas na região de Lisboa e Vale do Tejo, a maior parte dos infetados está numa "população jovem, saudável e com doença muito ligeira, que tende a recuperar rapidamente" da covid-19, declarou.

"Já testámos, já encontrámos, agora é fase de isolar e acompanhar e é preciso que as pessoas colaborem", referiu Graça Freitas, indicando que os cinco concelhos da região mais atingidos são "Lisboa, Loures, Amadora, Odivelas e Sintra".

Uma das razões que pode explicar o surto é a densidade populacional destes concelhos, referiu, acrescentando que os ajuntamentos levam a maior transmissibilidade do novo coronavírus e "terá sido aqui esta dinâmica".

Continuam a verificar-se "casos dispersos associados a grandes obras [de construção] e alguns focos mais pequenos no Oeste, associados a empresas de trabalho temporário de apanha da fruta".

Há também "de vez em quando focos em lares e ligados a múltiplas atividades, mas estão identificados e controlados", referiu Graça Freitas.

Regresso aos estádios?

diretora-geral de Saúde negou que esteja a ser "equacionado o regresso dos adeptos" aos estádios de futebol até ao fim da época, notando que as decisões nesta matéria têm sido tomadas "em diálogo com a federação".

"Não está a ser equacionado o regresso aos estádios neste momento, nem se perspetiva qualquer alteração [relativamente à decisão de realizar os jogos à porta fechada] nesta época", afirmou.

A responsável notou que a evolução da pandemia "depende dos ajuntamentos [de pessoas] e dos seus comportamentos", sem esclarecer qual a diferença entre a presença de pessoas num estádio e numa sala de espetáculos, como aquela em que foi feita uma apresentação do humorista Bruno Nogueira.

Graça Freitas frisou que, em relação ao futebol, as autoridades têm sido "muito cautelosas" e atuado "em diálogo com a Federação Portuguesa de Futebol".

"Isto é [a ausência de público nas bancadas dos estádios], de resto, o que se está a passar em outros países", observou.

Estão "criadas condições" para reabrir centros comerciais em Lisboa

Graça Freitas destacou o trabalho "local" que tem sido feito com as pessoas infetadas na zona da Grande Lisboa e Vale do Tejo e notou que os centros comerciais vão abrir "com regras muito estritas".

"Há circuitos muito bem delimitados, se houver civismo e respeito para não haver ajuntamentos, não me parece que exista um risco muito grande de propagação [da doença]", afirmou a responsável da Direção-Geral da Saúde (DGS), no dia em que Portugal registou mais 421 casos confirmados de infeção, 386 dos quais na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Pouco antes da conferência de imprensa da DGS, o primeiro-ministro anunciou que a Área Metropolitana de Lisboa deixa de ter restrições ao desconfinamento a partir de segunda-feira, podendo abrir os centros comerciais e as Lojas do Cidadão.

Graça Freitas disse estarem "criadas as condições" para tal.

"A maioria dos casos estarão identificados e as autoridades saúde, as autarquias, a segurança social e as forças de segurança têm trabalhado com estas pessoas no sentido de as fazer entender o risco que têm de propagação da doença", descreveu.

De acordo com a responsável da DGS, "tem havido um grande diálogo para que quem está doente se abstenha de sair de casa".

"Cremos que este movimento local resultará num maior confinamento de pessoas infetadas", afirmou.

Graça Freitas destacou ainda o facto de os grandes centros comerciais terem "circuitos muito bem organizados" e "regras estritas na circulação de pessoas", apelando ao civismo dos utilizadores e à supervisão dos responsáveis.

Reveja aqui a conferência de imprensa: 

 

 

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