Covid-19: Manusear papel não implica risco muito grande

A Direção-Geral da Saúde explicou hoje que manusear papel "não implica um risco muito grande" de contágio pelo novo coronavírus, mas disse não recomendar que serviços públicos disponibilizem revistas ou jornais para ser mais fácil limpar as superfícies.

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Lusa
14/06/2020 14:31 ‧ 14/06/2020 por Lusa

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"Manusear papel - sejam jornais, sejam revistas ou folhas e cadernos - não implica um risco acrescido, muito grande", afirmou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, falando na conferência de imprensa diária da evolução do surto de covid-19 no país.

De acordo com a responsável, há, porém, "aqui uma nuance", visto que "é muito mais fácil higienizar num cabeleireiro, entre cada cliente, um espaço onde não está nada -- que é pulverizar, passar um pano e fica limpo -- do que num espaço onde estejam muito objetos".

"Nos cabeleireiros, nos barbeiros, nos consultórios, estamos sempre a recomendar a higienização das superfícies [...] e por isso é que nos habituamos agora a ver essas superfícies muito libertas de objetos -- de revistas, de jarras, de tudo o que é supérfluo", acrescentou.

Ainda assim, isto não está relacionado com os materiais em si, neste caso o papel, segundo Graça Freitas.

"Temos de, por um lado, dizer que o risco de manusear papel não é muito grande, mas continuamos a achar que em zonas comerciais esse papel não deve estar presente apenas porque melhora muito a capacidade de limpeza e de higiene de superfícies", justificou, quando questionada sobre quais as recomendações da DGS para este tipo de elementos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 430 mil mortos e infetou mais de 7,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Em Portugal, morreram 1.517 pessoas das 36.690 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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