"Manusear papel - sejam jornais, sejam revistas ou folhas e cadernos - não implica um risco acrescido, muito grande", afirmou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, falando na conferência de imprensa diária da evolução do surto de covid-19 no país.
De acordo com a responsável, há, porém, "aqui uma nuance", visto que "é muito mais fácil higienizar num cabeleireiro, entre cada cliente, um espaço onde não está nada -- que é pulverizar, passar um pano e fica limpo -- do que num espaço onde estejam muito objetos".
"Nos cabeleireiros, nos barbeiros, nos consultórios, estamos sempre a recomendar a higienização das superfícies [...] e por isso é que nos habituamos agora a ver essas superfícies muito libertas de objetos -- de revistas, de jarras, de tudo o que é supérfluo", acrescentou.
Ainda assim, isto não está relacionado com os materiais em si, neste caso o papel, segundo Graça Freitas.
"Temos de, por um lado, dizer que o risco de manusear papel não é muito grande, mas continuamos a achar que em zonas comerciais esse papel não deve estar presente apenas porque melhora muito a capacidade de limpeza e de higiene de superfícies", justificou, quando questionada sobre quais as recomendações da DGS para este tipo de elementos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 430 mil mortos e infetou mais de 7,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Em Portugal, morreram 1.517 pessoas das 36.690 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.