Lar em Sintra regista sete mortes, 28 recuperações e 12 casos positivos
Um lar privado em Rio de Mouro, concelho de Sintra, onde foram identificados em maio 60 casos de infeção por covid-19, regista a morte de sete utentes, 28 doentes recuperados e 12 casos positivos, segundo a Segurança Social.
© Getty Images
País Coronavírus
"Regista-se o falecimento de sete utentes com covid-19", avançou o Instituto da Segurança Social (ISS), em resposta à agência Lusa, sobre a situação no Lar Bella Persona Senior Residence, em Rio de Mouro, no distrito de Lisboa.
A Lusa tentou contactar a administração do lar, mas não obteve resposta.
Em 02 de maio, o ISS do Centro Distrital de Lisboa tomou conhecimento, através da delegada de saúde, da situação no Lar Bella Persona Senior Residence, equipamento privado que, à data, tinha 60 utentes e 40 profissionais e onde foram identificados "60 casos positivos" de infeção pela covid-19, dos quais 17 profissionais e 43 utentes.
"Sob orientação da autoridade de saúde, todos os profissionais que testaram positivo regressaram às suas residências para confinamento obrigatório e os utentes foram separados entre positivos e negativos", adiantou a Segurança Social, assegurando que todos foram testados.
Neste momento, este lar privado acolhe "53 idosos, dois dos quais internados", indicou o ISS, acrescentando que o equipamento conta atualmente com 27 profissionais e o reforço de quatro ajudantes de ação direta assegurados pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS), através de um protocolo celebrado com a Cruz Vermelha Portuguesa para o efeito.
"Atualmente estão identificados 12 casos positivos: quatro profissionais e oito utentes", informou a Segurança Social, reforçando que a situação neste lar continua a ser acompanhada pela autoridade de saúde.
Entre os casos positivos de infeção pela covid-19, além do registo de sete mortes, "recuperaram 28 utentes", apurou o ISS.
Sobre a existência de apenas uma enfermeira para acompanhar todos os utentes do lar, a Segurança Social disse que está previsto, para breve, o início de funções de um outro enfermeiro, selecionado através do protocolo com a Cruz Vermelha Portuguesa.
Relativamente às visitas de familiares aos utentes recuperados, conforme orientação da Direção-Geral da Saúde (DGS), "nos equipamentos em que existam casos positivos as visitas devem manter-se suspensas".
"Os serviços do ISS do Centro Distrital de Lisboa têm acompanhado esta situação desde a primeira ocorrência, mantendo o contacto diário com a entidade e demais parceiros locais para constante avaliação e consequente ativação dos apoios necessários, nomeadamente apoio para reforço de recursos humanos", reforçou o instituto, acrescentando que, até à data, foi possível garantir o reforço de nove auxiliares de ação direta e um enfermeiro.
Questionado sobre se os 60 casos positivos foram contabilizados nos boletins divulgados pela DGS, nos relatórios de 02 de maio e de dias seguintes, relativamente ao concelho de Sintra, uma vez que os números apresentados não tiveram grande variação, o ISS remeteu a questão para o Ministério da Saúde.
A Lusa questionou a DGS, tutelada pelo Ministério da Saúde, que se limitou a dizer que "as questões relacionadas com os lares são dirigidas ao MTSSS ou ao próprio lar".
Reforçando o acompanhando habitual ao trabalho desenvolvido pelas estruturas residenciais para idosos existentes no seu território, no âmbito da pandemia, a Câmara de Sintra disse que, quando foi informada da existência de um caso de infeção no Lar Bella Persona, foi assegurado, "de forma permanente, em articulação com a autoridade de saúde e a Segurança Social, o apoio e acompanhamento ao lar, com o objetivo de ajudar a conter o foco de infeção".
Assim, o município apoiou na realização dos testes de covid-19 a todos os utentes e trabalhadores do lar, realizou a desinfeção e higienização do equipamento e cedeu equipamentos de proteção individual - máscaras cirúrgicas, luvas, gel desinfetante e fatos de proteção.
Portugal contabiliza pelo menos 1.522 mortos associados à covid-19 em 37.336 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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