O arquipélago da Madeira tem 91 casos de covid-19, 89 dos quais recuperados e dois de infeção ativos, um dos quais surgiu na quinta-feira, depois de 42 dias sem registos de novas infeções.
"Nesta nova fase [abertura dos aeroportos a partir de 01 de julho] não podemos abrandar, temos que continuar com a estratégia de testar à chegada ao aeroporto da Madeira e Porto Santo porque é aquela que nos permite manter em segurança toda a saúde pública na Região Autónoma da Madeira", alertou o secretário regional na videoconferência semanal sobre a situação epidemiológica da covid-19 no arquipélago.
Pedro Ramos salientou que o "maior papel" da população é ser agente de saúde pública e procurar que os outros o façam também, respeitando as regras básicas ditadas para esta situação.
O uso da máscara, o distanciamento social, a utilização de equipamentos de proteção sempre que for necessário, a higiene pessoal, nomeadamente a lavagem das mãos, a etiqueta respiratória, a higiene ambiental como a limpeza e a desinfeção das superfícies, a auto monitorização dos sintomas e a abstenção ao local de trabalho caso surgem sintomas suscetíveis de ser covid-19 são "para continuarem a ser respeitados".
"Não podemos abrandar, temos de continuar com a estratégia para esta nova fase que é a abertura dos aeroportos (...) porque vai continuar a proteger a população e a desenvolver a economia", disse.
Por seu lado, a vice-presidente do Instituto de Administração da Saúde - IASAÚDE, Bruna Gouveia, confirmou haver "dois casos de infeção ativos que se encontram em confinamento numa unidade hoteleira, tratando-se de um residente no concelho da Câmara de Lobos e outro em Santa Cruz que permanecem com sintomas ligeiros".
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 454 mil mortos e infetou mais de 8,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.527 pessoas das 38.464 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.