Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, anunciou, esta terça-feira, que a tutela quer que o próximo ano letivo comece entre 14 e 17 de setembro, já com aulas presenciais.
"Queremos que o próximo ano letivo se inicie entre os dias 14 e 17 de setembro", afirmou. "Estamos a trabalhar para que esse ensino presencial possa ser possível e perene", disse ainda o governante, em declarações aos jornalistas, após uma visita, esta manhã, a uma escola em Odivelas, no âmbito do lançamento do programa nacional de remoção do amianto nos estabelecimentos de ensino.
Na sessão presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, Tiago Brandão Rodrigues, numa breve intervenção, concretizou que o Governo "está já a pensar no próximo ano letivo", depois de o atual ter sido "atípico" por causa da Covid-19.
"Primeiro objetivo é recuperar os défices de aprendizagem deste ano"
Por sua vez, o primeiro-ministro considerou que o principal objetivo do próximo ano letivo é permitir à generalidade dos alunos recuperar os défices de aprendizagem em resultado da interrupção das aulas por causa da pandemia de Covid-19.
"Sabemos que a época de exames decorre entre 1 e 7 de setembro e que, a partir daí, temos de retomar a atividade escolar. E o primeiro objetivo que temos de ter no início do próximo ano letivo é recuperar os défices de aprendizagem deste ano", sustentou o primeiro-ministro, tendo também a escutá-lo, além do ministro da Educação, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, o presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, Manuel Machado, e o presidente da Câmara de Odivelas, Hugo Martins.
Segundo o primeiro-ministro, a experiência do "estudo em casa através da televisão foi muito importante, assim como o apoio da escola digital, mas nada substitui o ensino presencial".
"Por isso, o esforço de recuperação de aprendizagens é o primeiro objetivo que temos de ter no arranque do próximo ano letivo. Temos de reforçar com apoios tutoriais e ao longo de todo o ano, porque importa garantir a esta geração que não só não perdeu o ano, como, sobretudo, não perdeu a oportunidade de aprender. A escola existe fundamental para ser um veículo de transmissão do conhecimento", sustentou.
Neste contexto, António Costa retomou a defesa da tese de que "a avaliação é só um elemento desse processo de aquisição do conhecimento".
"Desejo a todos uma boa conclusão deste ano letivo e, sobretudo, uma boa preparação do próximo, que está preparado para jogar em todas as condições: Dentro da escola sempre que isso for possível, fora da escola sempre que for necessário, ou combinando uma e outra quando assim se impuser por razões de saúde pública", acrescentou.