Covid-19: Fronteiras na UE devem reabrir sem restrições discriminatórias

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse hoje em Nelas, distrito de Viseu, que "não deve existir nenhuma restrição discriminatória" na reabertura de fronteiras entre os países membros da União Europeia (UE).

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Lusa
24/06/2020 15:33 ‧ 24/06/2020 por Lusa

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"A Comissão Europeia determinou, acordado com todos os países membros, que as fronteiras internas, isto é, dentro da União Europeia, serão abertas até 01 de julho e que não deve existir nenhuma restrição discriminatória, porque o espaço Schengen é fundamental enquanto um espaço de liberdade, segurança e justiça", assumiu Eduardo Cabrita.

O ministro falava hoje aos jornalistas em Nelas, distrito de Viseu, à margem da cerimónia do centenário dos bombeiros voluntários locais, a primeira em que o governante diz participar desde fevereiro, por causa da pandemia de covid-19.

Questionado sobre os voos para fora da União Europeia (UE), Eduardo Cabrita adiantou que está a ser definido ao longo desta semana, num trabalho conjunto com a Comissão Europeia, "as regras de diferenciação" de voos para as fronteiras externas, e essas serão definidas "em função da situação sanitária dos países".

"Portugal tem uma condição sanitária muito melhor que a do Reino Unido", referiu, e "não tem nenhuma comparação com as dezenas de milhares de vítimas existentes no Reino Unido que tem uma taxa, quer de casos, quer de vítimas mortais, muito superiores a Portugal".

Neste sentido, Eduardo Cabrita explicou que "é no contexto europeu" que será decidido "quais as exigências a viajantes vindos do Reino Unido".

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 477 mil mortos e infetou mais de 9,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.543 pessoas das 40.104 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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