"Com a abertura do aeroporto e mesmo com os testes [realizados à chegada] corremos riscos. Eu não posso mentir à população: há sempre riscos de termos o início de uma cadeia [de transmissão], mas, neste momento, é um risco controlado", afirmou.
Miguel Albuquerque, que lidera o executivo de coligação PSD/CDS-PP, falava à margem de uma visita a uma exploração agrícola em Câmara de Lobos, zona oeste da ilha, um dia após a entrada em vigor do regime que obriga os passageiros desembarcados nos aeroportos do arquipélago - Madeira e Porto Santo - a apresentarem um teste negativo para covid-19 realizado até 72 horas antes do início da viagem ou, então, a realizá-lo à chegada.
"Ontem [quarta-feira] fizemos cerca de 270 testes, todos deram negativo. As coisas têm corrido bem, mas não devemos embandeirar em arco", realçou.
No dia 1 de julho, cerca de 400 passageiros desembarcam no Aeroporto Internacional da Madeira, provenientes de Lisboa, Porto e Ponta Delgada em aviões da TAP, easyJet e Azores Airlines, sendo que para hoje estão previstos dois voos oriundos da Alemanha e um de Lisboa.
"Não quero nenhuma euforia", advertiu Miguel Albuquerque, reforçando: "Neste momento, temos de manter as regras de distanciamento, de higienização, uso de máscara e acho que os madeirenses e porto-santenses já interiorizaram que isso tem de ser feito".
A Madeira continua com dois casos ativos de covid-19 dos 92 notificados desde 16 de março, 90 dos quais já recuperados, revelou na quarta-feira o Instituto de Administração da Saúde (IASAÚDE).
Portugal contabiliza pelo menos 1.579 mortos associados à covid-19 em 42.454 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).