Costa não vê "para já" condições para freguesias saírem da Calamidade

António Costa adiantou esta quarta-feira que "para já" não estão reunidas as "condições" para alterar o Estado de Calamidade nas 19 freguesias da Área Metropolitana de Lisboa (AML).

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Filipa Matias Pereira
08/07/2020 18:10 ‧ 08/07/2020 por Filipa Matias Pereira

País

Covid-19

"Para já, não antecipo que na próxima quinzena haja condições para avançarmos no sentido de diminuir o grau de classificação do estado de exceção" nas 19 freguesias dos concelhos de Sintra, Amadora, Lisboa, Loures e Odivelas.

A mensagem foi transmitida por António Costa depois de ter estado reunido com o autarca de Sintra, Basílio Horta, na sequência das várias reuniões que tem promovido para avaliar a evolução recente da situação epidemiológica nos concelhos mais afetados pela Covid-19.

O primeiro-ministro acrescentou ainda que "a boa notícia é que, para já, nada indica que tenhamos de elevar o nível de alerta que vigora na generalidade do país".

Em relação à Área Metropolitana de Lisboa (AML), António Costa admitiu a possibilidade de haver "alguma evolução", mas, "vamos ver, ainda falta mais de uma semana" para que a decisão tenha de ser tomada. 

Resultados "animadores" em Sintra

No que diz respeito à situação de Sintra, acredita o chefe do Governo que "é muito cedo" para avaliar o trabalho das equipas mistas que foram colocadas no terreno. Porém, "a tendência é de estabilização [do número de casos ativos]".

Com efeito, vincou o primeiro-ministro, "é preciso incentivar e ver o que podemos fazer mais em cada um dos concelhos". 

A mesma ideia foi transmitida pelo autarca, que indicou que "os últimos resultados sobre casos ativos são animadores [na região de Sintra]", sendo que "dão conta de um decréscimo sistemático". 

No entanto, no entendimento de Basílio Horta, estes resultados têm de ser encarados com realismo, já que "estamos a caminhar sobre gelo muito fino. Não sabemos o dia de amanhã". O trabalho que tem sido desenvolvido no âmbito da mitigação da pandemia visa "manter esta tendência [de decréscimo]", acrescentou ainda. 

Considerando que Sintra é uma região "singular", quer pela sua "extensão, quer pela diversidade", torna-se imperioso desenvolver um "trabalho de grande proximidade. Há necessidade de conhecer a realidade das pessoas que estão confinadas", bem como perceber qual o "percurso da transmissão do vírus", quebrando as cadeias. 

A Câmara Municipal de Sintra está, neste sentido, a testar "o que se justifica", tendo desenvolvido ações de rastreio no tribunal, em lares e em creches. 

Para além do combate à pandemia de Covid-19, está a ser travado um combate "à crise económica e social. Estamos juntos nos combates no sentido de os vencer", terminou. 

Está agendada ainda para esta quarta-feira uma reunião na Amadora, na qual marcarão presença, à semelhança do que aconteceu em Sintra, a ministra da Saúde, Marta Temido, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, que é também o coordenador do Governo para a região de Lisboa e Vale do Tejo para o combate à covid-19.

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