"O que estamos a fazer, e também de acordo com orientações internacionais, é conjugar uma série de regras que levem à maximização de distanciamento social e da proteção entre os alunos, docentes e comunidade escolar. Um metro é a distância mínima e somam-se outros métodos barreira como as máscaras, a disposição das carteiras nas salas", referiu Graça Freitas.
A diretora-geral respondia aos jornalistas na sessão de ponto de situação agora trissemanal sobre a pandemia em Portugal, tendo sido confrontada com preocupações e dúvidas de entidades ligadas ao setor da educação que questionavam a informação recente dada pelo Ministério da Educação de que o número de alunos por turma não será reduzido no novo ano letivo.
"É do cumprimento dessas regras e do comportamento das pessoas nas salas de aula que resulta o máximo de segurança nas salas de aula e no próximo ano letivo", resumiu Graça Freitas.
Também sobre esta questão e na mesma conferência de imprensa, a ministra da Saúde, Marta Temido, apontou, sobre a distância a cumprir entre alunos, que "as orientações conjuntas e os manuais que foram produzidos" referem a expressão 'de preferência'.
"Ou seja, há a perceção de que há esse distanciamento físico o mais vasto possível, mas que em circunstâncias em que esse distanciamento físico não seja possível e seja compatível com a utilização de outros métodos barreira, isso poderá ser equacionado", disse Marta Temido.
A 24 de junho a Assembleia da República rejeitou o projeto de lei dos bloquistas para reduzir o número de alunos por turma devido à pandemia de covid-19, tendo votado a favor apenas BE, PCP, PAN e PEV.
No dia 03 de julho, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, anunciou, em conferência de imprensa, algumas das medidas excecionais, devido à pandemia de covid-19, que vão estar em vigor no próximo ano letivo, nomeadamente que os alunos vão ter mais dias de aulas e menos dias de férias e confirmou que o regresso às escolas será presencial.
Portugal contabiliza pelo menos 1.646 mortos associados à covid-19 em 45.679 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
A pandemia de covid-19 já provocou 555 mil mortos e infetou mais de 12,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.