O coordenador da Saúde Pública da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Mário Durval, disse que 54 dos 419 trabalhadores testados estão positivos, enquanto os restantes acusaram negativo.
"É o número final dos testes", esclareceu, adiantando que os trabalhadores infetados nesta empresa do distrito de Lisboa estão a recuperar em isolamento domiciliário e nenhum está internado.
O responsável garantiu que o "surto está controlado", depois de terem sido identificados os trabalhadores infetados e destes terem sido isolados. Por outro lado, estão a ser efetuados contactos de vigilância junto de pessoas próximas dos doentes infetados.
O surto surgiu quando, há uma semana, dois trabalhadores apresentaram sintomas, fizeram o teste de diagnóstico à covid-19 e acusaram positivo, o que implicou a testagem progressiva do total de trabalhadores.
O diretor da empresa, Mário Cunha, afirmou que, desde março, está a ser implementado o plano de contingência para a prevenção e combate à covid-19, com medidas que vão desde o uso de máscaras, desinfeção de locais e mãos, alteração de hábitos no refeitório e nos turnos de trabalho.
Ainda assim, a empresa está a trabalhar no reforço de medidas, como a utilização de máscaras antes da entrada na portaria e na sensibilização para a alteração de comportamentos.
Dentro da fábrica, o surto não obrigou ao encerramento de qualquer secção, mas a sua "atividade foi reduzida a 20%".
À medida que os resultados negativos têm surgido, a empresa tem vindo a chamar os trabalhadores para retomar a produção.
O presidente da Câmara de Alenquer, Pedro Folgado, e da União de Freguesias do Carregado e Cadafais, José Martins, admitiram que, numa freguesia com 45 nacionalidades diferentes, têm existido "ajuntamentos", aos quais as duas autarquias têm estado atentas, comunicando-os à GNR.
Ainda assim, defenderam que não se justifica implementar medidas junto da comunidade, além das que estão em vigor.
Na segunda-feira, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, confirmou a deteção de 42 casos de infeção pelo novo coronavírus na zona do Carregado, distrito de Lisboa.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 573 mil mortos e infetou mais de 13,12 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.662 pessoas das 46.818 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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