"Parámos para avançar, com a certeza de que nunca recuaremos na defesa da nossa dignidade e na luta intransigente contra os despedimentos e contra a humilhação. Mostrámos a nossa força, mostrámos a nossa preocupação, mostrámos que mesmo votados ao esquecimento do Ministério da Saúde e da Direção Geral de Saúde, e à incompreensível lentidão processual da Autoridade das Condições de Trabalho, não baixamos os braços perante os despedimentos sumários e ameaças constantes", afirmam em comunicado.
Os trabalhadores explicam que esta paragem representou um apelo à tutela para que corrija a "ilegalidade flagrante que há anos decorre na Saúde 24", uma ilegalidade que, garantem, estar a custar o emprego aos enfermeiros que foram o suporte da linha e que está a "perigar a qualidade e credibilidade" deste serviço.
Estes funcionários consideram que se "está a permitir que publicamente, e no âmbito do serviço público, se cometam crimes de coação e ameaça, perpetuados por mandatados da administração".
No comunicado, os trabalhadores dizem que a empresa LCS, concessionária do serviço, não adiantou passos para uma negociação, mantendo uma postura de recusa negocial e recorrendo "a todas as estratégias para manter o funcionamento da linha Saúde 24, colocando no atendimento Supervisores do serviço (exercendo funções que não desempenham habitualmente), negligenciando procedimentos de qualidade habituais e coagindo enfermeiros a comparecer no local de trabalho, sob pena de despedimento sumário".
No entanto, asseguram que continuam a aguardar por uma resposta imediata da administração da LCS, do Ministério da Saúde e da Autoridade para as Condições do Trabalho, não descartando "novas ações de luta, endurecidas na medida da persistência deste silêncio".