Segundo um comunicado da Autoridade de Saúde Regional, ambos os novos casos "apresentam situação clínica estável e foram já diligenciados, pela delegação de saúde concelhia, os procedimentos definidos para caso confirmado, testagem e vigilância de contactos próximos".
Um dos casos é de um homem de 58 anos, "não residente nos Açores, que desembarcou na região proveniente de ligação aérea com o território continental em 24 de julho, apresentando à chegada resultado negativo para o vírus SARS-CoV-2, e que obteve na quinta-feira resultado positivo no teste de despiste após o 6.º dia de permanência na região".
O outro diz respeito a uma mulher de 44 anos, "residente na ilha de São Miguel, que desembarcou na região proveniente de ligação aérea com o território continental em 30 de julho e que, à chegada, obteve resultado positivo".
A Autoridade de Saúde Regional informa ainda que um rapaz de 10 anos de idade, que tinha sido diagnosticado na ilha de São Miguel, "saiu ontem da região à revelia das autoridades".
A criança não reside nos Açores e regressou ao continente, "onde reside juntamente com a sua mãe, que já havia sido considerada recuperada de covid-19".
"Após contactos entre as autoridades de saúde e forças de segurança regionais e nacionais, os mesmos foram intercetados à chegada ao aeroporto de destino e encaminhados para isolamento, que será acompanhado pela delegação de saúde concelhia da sua área de residência em território continental português", esclarece o comunicado.
Desde o início do surto foram detetados nos Açores 174 casos de infeção pelo novo coronavírus, dos quais 18 se mantêm ativos (17 em São Miguel e um na Terceira), tendo-se registado 16 mortes.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 667 mil mortos e infetou mais de 17 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.727 pessoas das 50.868 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.