"Acreditamos na ferrovia. Eu não diria que a ferrovia passa a ser um meio de transporte inseguro, mas não impede que os acidentes possam acontecer como este aconteceu. Mas temos de aprender com o que aconteceu para diminuir mais os riscos de acidentes na ferrovia", disse Pedro Nuno Santos, que falava aos jornalistas em Soure, próximo do local do acidente.
O descarrilamento de um comboio Alfa Pendular, no concelho de Soure, distrito de Coimbra, fez hoje dois mortos, seis feridos graves e 19 feridos ligeiros.
O comboio seguia no sentido Sul-Norte e o descarrilamento ocorreu após o embate entre o Alfa Pendular e uma máquina de trabalho.
O ministro salientou que "a ferrovia é um dos meios de transporte mais seguros, mas infelizmente acontecem acidentes".
Pedro Nuno Santos recordou que o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) vai investigar as causas do acidente, escusando-se a "especular sobre as causas do acidente".
O Governo quer perceber "o que aconteceu de errado, o que poderia ter sido feito, para serem tiradas todas as ilações", frisou.
Questionado sobre o investimento na ferrovia, Pedro Nuno Santos sublinhou que está a ser feito um investimento "sem precedentes" neste setor, salientando que isso "não quer dizer" que não haja problemas.
"O mais que podemos fazer é esperar pelas conclusões. Agora que o investimento na ferrovia está a fazer-se como há muitas décadas não se fazia em Portugal é uma verdade", salientou.
Ministro envia condolências às famílias das duas vítimas mortais
Tal como fez o Presidente da República e o primeiro-ministro, também o ministro das Infraestruturas e da Habitação apresentou as condolências às famílias dos dois trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) que morreram em Soure, na sequência da colisão entre uma máquina e um Alfa Pendular.
"Dois dos seus colegas tiveram hoje um acidente mortal e queria dar as condolências às suas famílias e a todo o universo da Infraestruturas de Portugal", afirmou o ministro, que falava aos jornalistas, próximo do local onde ocorreu o acidente.
Pedro Nuno Santos deixou também "um abraço de solidariedade a todos os trabalhadores da IP que fazem a manutenção da rede ferroviária numa base diária".