A Direção-Geral da Saúde (DGS) garantiu, este sábado, que não vai reduzir "a realização de testes a contactos de casos do novo coronavírus confirmados". A informação surge na sequência de uma notícia do Expresso, que ditava a diminuição de testes a contactos de alto risco.
Num comunicado enviado às redações, a autoridade de saúde reafirma que "não estão a ser violadas quaisquer indicações da Organização Mundial de Saúde", ao contrário do que afirmou a Ordem dos Médicos, citada pelo semanário, e que "as autoridades de saúde portuguesas continuam firmemente empenhadas na aplicação da estratégia de 'testar, testar, testar'".
Esta medida, aponta o comunicado, "já conduziu à realização em Portugal de mais de 1,6 milhões de testes laboratoriais para SARS-CoV-2, tendo a percentagem de testes positivos vindo a diminuir de forma consistente ao longo das últimas semanas".
A norma - sobre o rastreio de contactos, publicada no dia 24 de julho - "nada altera a este respeito", frisa a DGS, recordando que "está em curso a duplicação da capacidade de testagem do SNS (de cerca de 12 mil testes por dia para cerca de 24 mil só na rede pública)".
O semanário Expresso avança que a nova norma "limita as análises a casos secundários a situações de surto, aglomerados ou coabitantes", o que "vai fazer reduzir o número de novas infeções, dando uma imagem menos catastrofista do país, e poupar testes para o inverno".