Juan Carlos I exilado em Cascais? Rei emérito estará em Portugal

Rei emérito de Espanha, que passou parte da juventude com os pais em Portugal, informou, esta segunda-feira, o rei Felipe VI, seu filho, de que iria abandonar o país.

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Notícias Ao Minuto com Lusa
03/08/2020 22:12 ‧ 03/08/2020 por Notícias Ao Minuto com Lusa

País

Juan Carlos

Juan Carlos I encontrar-se-á exilado em Cascais, segundo avança a TVI 24. O rei emérito de Espanha já terá chegado ao nosso país. De recordar que o monarca passou parte da juventude com os pais nesta zona de Portugal. 

O pai de Felipe VI comunicou, esta segunda-feira, ao rei que iria abandonar Espanha e viver noutro país, que, na altura, não revelou. A estação de Queluz avança agora que o destino escolhido para o exílio terá sido Cascais, local bem conhecido de Juan Carlos I. 

A decisão de deixar o seu país, justificou, teve como objetivo evitar a "repercussão pública que certos acontecimentos passados da minha vida privada estão a gerar". Esta virá no seguimento das investigações sobre os alegados fundos em paraísos fiscais que Juan Carlos deterá. 

objetivo é ainda, sublinhou, que Felipe possa cumprir as suas funções "com a tranquilidade e o sossego" que a sua responsabilidade requer. 

"Fui rei de Espanha durante quase 40 anos e, em todos eles, sempre quis o melhor para Espanha e para a coroa", disse o ex-chefe de Estado através de um comunicado divulgado pelo Palácio da Zarzuela. "O meu legado e a minha própria dignidade como pessoa exigem isso de mim", acrescenta Juan Carlos no comunicado.

O Palácio de Zarzuela já anunciou que Felipe VI transmitiu ao seu pai "sincero respeito e gratidão por esta decisão". Na resposta, Felipe VI refere que "o rei enfatiza a importância histórica do reinado do seu pai, como um legado e trabalho político e institucional de serviço a Espanha e à democracia; ao mesmo tempo, deseja reafirmar os princípios e os valores sobre os quais se baseia a Constituição".

Recorde-se que a decisão de Juan Carlos acontece quatro meses depois de Filipe VI ter privado o seu pai de uma subvenção pública de quase 200 mil euros anuais, enquanto renunciava a qualquer herança que pudesse corresponder às suas contas no estrangeiro.

A decisão de Filipe VI foi tomada com base nas informações divulgadas sobre uma investigação à origem de 65 milhões de euros que tinham dado entrada num fundo suíço para a fundação Lucum, com base no Panamá, para determinar se eram comissões pagas pela Arábia Saudita a Juan Carlos, como benefício num processo envolvendo a construção de um comboio de alta velocidade em Meca.

[Notícia atualizada às 22h22]

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